Monteiro defende que carros elétricos fazem mais sentido nas competições dos turismos / AutoRacing

O Campeonato Britânico de Carros de Turismo (BTCC) vai tornar-se híbrido a partir de 2022, enquanto em 2021 vai avançar a ETCR, primeira grande competição internacional de carros de turismo elétricos. Tiago Monteiro considera que este é o futuro e faz ainda mais sentido ter propulsão totalmente elétrica nos turismos – embora para já não existam planos para o fazer na Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR).

O português deixou a sua opinião bem clara citado pelo site Motorsport.com: ‘Como se pode ver, os carros comerciais estão a ficar cada vez mais eletrificados, é óbvio que este será o futuro, pelo menos a curto prazo, talvez a médio prazo como dentro de dez a 15 anos vamos ter cada vez mais carros elétricos. Portanto, o automobilismo também se terá de alinhar com isto. Agora, penso que faz mais sentido ter carros elétricos nos turismos. Acabamos por estar aqui para promover marcas, para promover carros e para fazer os construtores venderem carros na segunda-feira depois da prova. E o que é melhor do que um carro que se parece com o carro de estrada diário?’.

Monteiro prosseguiu: ‘Se se tiver um carro de competição elétrico e ganhar, é a melhor promoção que se pode ter de maneira a vender carros durante a semana. Portanto, acho que ainda mais do que nos monolugares, os elétricos deviam estar nos carros de turismo e provavelmente nos GT muito em breve’.

Para o portuense, o ETCR é como que o início do caminho das competições elétricas ao mais alto nível nos turismos: ‘Como sabem, o ETCR também está a começar e a construir-se, criado pelas mesmas pessoas que criaram a WTCR, promovido pelo mesmo promotor. Penso que este é o primeiro passo nesta direção. Ainda é muito cedo, tem muito potencial, tem muito interesse, e agora temos de ver como é que os construtores irão olhar para isso. É um potencial enorme, há um potencial enorme. E há uma enorme oportunidade para a WTCR, talvez a seu tempo, não estou a dizer em um ou dois anos, mudar-se para totalmente elétrico. São os desejos dos construtores e é aqui que o dinheiro está a vir para o automobilismo – mais do que os patrocinadores, primeiro são os construtores. Os campeonatos têm de se adaptar a isto’.