Quando a pandemia forçou a Dick’s Sporting Goods a fechar suas centenas de lojas em março, a empresa elaborou um processo de entrega de mercadorias na rua, à porta da loja, em dois dias. Sua tentativa inicial, porém, era bem parecida com uma barraca de limonada infantil.

“Quando você chegava, via uma placa na janela com um número de telefone, e as pessoas ligavam para as lojas, que faziam a entrega”, disse Lauren Hobart, presidente da Dick’s, sobre a operação “muito desleixada”. Alertas de e-mail e de texto viriam mais tarde.

Desleixada ou não, a entrega na rua não só ajudou as vendas da Dick’s durante os bloqueios, mas também acabou sendo a melhor estratégia de muitos varejistas para a sobrevivência a longo prazo na era do comércio eletrônico. E é provável que o que começou como uma solução para o coronavírus tenha um impacto permanente na maneira como as pessoas compram e lhes dê uma nova razão para continuar visitando lojas físicas.

A popularidade da entrega na rua revela que o futuro do varejo não é só um monte de pacotes se acumulando à porta de casa. Além de satisfazer a necessidade de compras sem contato na pandemia, ela satisfaz o desejo de ir até uma loja, algo que pode ser muito forte, ou até mais forte, que a conveniência da entrega em casa.

“Os americanos estão acostumados a dirigir e realmente gostam de lojas, por isso esse é um tipo de híbrido em que você tem o melhor dos dois mundos”, afirmou Oliver Chen, analista de varejo.

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