A década de 1970 é lembrada até hoje por importantes acontecimentos. Quem não se recorda do Brasil tricampeão na Copa do México, do movimento hippie ou mesmo dos hits interpretados por Donna Summer, Bee Gees e pelo lendário Michael Jackson, que dominavam as paradas de sucesso da época? Mas o período não foi só de glórias. Numa época em que nosso País enfrentava a Ditadura Militar, o mundo estava prestes a sofrer com a crise do petróleo. Assim, uma ideia surgiu por parte da BMW: produzir um carro elétrico.

BMW/Divulgação

Há exatos 50 anos (em 1972), à beira do início dos Jogos Olímpicos de Munique (Alemanha), a BMW lançou o 1602 com motor movido a eletricidade. De acordo com a marca, tratava-se de uma homenagem à realização da competição.

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Derivado do modelo a combustão – que nasceu em 1966 – o BMW 1602 Elektro-Antrieb (acionamento elétrico, em português) teve apenas duas unidades produzidas. Sua função consistia em servir como veículo de apoio aos maratonistas e à comitiva olímpica durante os jogos. Como vantagem tinha, justamente, a visão sustentável em meio aos jogos, afinal, trava-se de um modelo com zero emissão de poluentes.



Como era o elétrico há 50 anos?

O modelo com pintura laranja brilhante utilizava os recursos mais avançados da época. Debaixo do capô dianteiro, haviam 12 baterias de chumbo-ácido que pesavam 350 kg. Eram, portanto, as responsáveis por fornecer energia para acionar o motor elétrico de 32 kW de potência (o equivalente a 43 cv).

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Em síntese, o 1602 Elektro tinha o até então inovador sistema de freios regenerativo. Assim, regenerava a energia produzida nas frenagens. Entretanto, ao contrário dos modelos de hoje em dia, que chegam a alcançar 500 km ou mais de autonomia, o sedã de duas portas da BMW percorria só 30 km com carga cheia. Esse, no entanto, foi um dos motivos de o veículo mais compacto da fabricante à época não ter sido aprovado para produção em larga escala.

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O modelo segue no acervo da BMW, na Alemanha. Eventualmente fica exposto no BMW Museum, em Munique. O sedã elétrico, de 4,22 metros de comprimento e 2,50 m de entre-eixos, segue em plenas condições de funcionamento.

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Responsáveis por desenvolver o modelo, os engenheiros que criaram o 1602 Elektro não faziam ideia da responsabilidade que carregavam. Afinal, aquele carro seria o pai dos veículos elétricos atuais e do futuro. É tanto que, hoje, a marca tem no portfólio o SUV iX (leia mais).

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