Os SUVs com melhor valor de revenda

Chevrolet Tracker Premier

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Analisando o comportamento do mercado de usados no Brasil, a especialista em precificação de veículos Kelley Blue Book – KBB divulgou a lista dos SUVs – tipo de carro que está em alta – que menos se desvalorizaram ou até subiram de preço ao longo do ano passado, divididos em seis categorias. 

Ainda sob forte influência dos efeitos da pandemia sobre a indústria – e a economia, como um todo –, 2021 foi um ano meio atípico para o mercado de automóveis. Em tempos assim, conseguir revender o carro com a menor perda (ou até com algum ganho) ganha ainda mais importância. 

Para apurar as informações analisadas, a KBB levou em conta não somente as vendas diretas de proprietário a proprietário e de agência a proprietário, mas também o preço desses usados quando entraram em uma troca por um novo nos concessionários.  

Além disso, só entraram na conta os modelos que ainda estavam também disponíveis com 0 km durante o período apurado. Ou seja, foram descartados todos aqueles que sofreram mudanças de geração, saíram de linha ou mesmo tiveram uma reestilização muito significativa. 

E, também por uma questão de critério, à exceção dos modelos híbridos, só foram considerados automóveis com preços até R$ 500 mil. Vamos então à relação dos modelos que renderam a melhor revenda: 

Categoria | modelo | variação de preço (para mais ou menos) 

SUV compacto de acesso – VW Nivus: 0.23% 

Lançado em 2020, tanto no Brasil quanto na Europa (onde se chama Taigo), o Nivus é um SUV em estilo coupé ou crossover. Situado imediatamente abaixo do T-Cross no cardápio de SUVs da montadora, ele é equipado exclusivamente com motor o 1.0 TSi, de três cilindros, 128 cv e 20,4 kgfm de torque, que também equipa outros modelos VW, como o Polo e as versões mais acessíveis do T-Cross.  

Além do design de sua carroceria e espaço interno – menor para os passageiros, maior para a bagagem –, o Nivus se diferencia do irmão mais caro (e familiar) por sua pegada mais jovial e tecnológica. 

SUV compacto de referência – Chevrolet Tracker: -1,28% 

Também lançado em 2020, em plena fase de distanciamento social da pandemia, o atual Tracker está, na prática, em sua terceira geração – as anteriores eram modelos criados pela Suzuki e vendidos). Ele compartilha sua plataforma e mecânica com a linha Onix que, como ele, foi projetado e desenvolvido pela General Motors na China.  

Diferentemente do hatch e do sedã, porém, além de versões com o motor 1.0 turbo de três cilindros e até 116 cv de potência e 16,8 kgfm de torque, o Tracker conta também com um motor 1.2 turbo que gera até 133 cv e 21,4 kgfm.  

Confortável e espaçoso, o modelo foi logo bem aceito pelo público brasileiro, mas sofreu com a falta de componentes, especialmente semicondutores, que limitaram sua produção e, assim, seu volume de vendas. 

SUV médio – Hyundai Tucson: -5,79% 

O Tucson foi lançado em 2004, no Salão do Automóvel de Chicago, em 2004 – nome e local de apresentação mostram que sua inspiração e foco era o mercado de SUVs dos EUA. O modelo chegou ao Brasil no ano seguinte e logo se transformou em um tremendo sucesso.  

Com bom custo-benefício, o modelo foi um dos primeiros esportivos utilitários de seu porte a figurarem entre os mais vendidos no mercado nacional. Foi tão desejado que essa sua primeira geração foi produzida aqui até 2018, convivendo com outras duas, uma também nacional – chamada aqui de iX35 – e outra importada. Foi essa terceira geração do SUV a considerada pelo levantamento (ela mudaria alguns meses depois do prazo limite).  

Equipado com motor 1.6 turbo a gasolina com injeção direta de combustível, que gera até 177 cv de potência e 27 kgfm de torque, tem câmbio automático de dupla embreagem com sete marchas, bom espaço e fama de demandar pouca manutenção. O pós-venda da marca, aliás, também costuma ser elogiado.  

SUV grande – Toyota SW4: 10,71% 

Atualizado em 2020, o SW4 é o que poderíamos chamar de “SUV raiz”. Derivado da picape Hilux, ele é produzido na Argentina e, ao longo dos anos, se transformou numa espécie de referência para modelos desse tipo – e olhe que, na prática, ele hoje só tem como concorrentes diretos no Brasil os também bons Chevrolet Trailblazer e Mistubishi Pajero –, sendo o queridinho dos donos de fazenda, mas não somente.  

Disponível em versões com 5 e 7 lugares, é equipado com motor 2.8 turbodiesel de 204 cv de potência e 50,9 kgfm de torque, capaz de mover com desenvoltura seus quase 2.200 kg.  

Bem equipado e muito bem acabado, traz como atrativo a mais o peso da marca Toyota, sua fama de indestrutível e o bom valor de revenda – não por acaso, o modelo usado valorizou mais de 10% no período. 

SUV compacto premium –  Audi Q3: -0,43% 

Lançado na Europa em 2011, o Audi Q3 era virtualmente a versão mais alta do hatch compacto A3, usando a mesma plataforma e motorização – seguindo um conceito que a marca havia levado para o Salão do Automóvel de Shangai, em 2007.  

Atualmente, o modelo está em sua segunda geração, lançada em 2018, e mantém sua pegada esportiva, uma das marcas registradas da montadora. O Q3 foi produzido no Brasil, entre 2016 e 2019 em sua geração anterior. E, este ano, voltou à linha de montagem da fábrica da Audi de São José dos Pinhais (PR).  

A configuração que entrou nesta lista, porém, vinha importada da Hungria, em três versões, sempre com motor 1.4 TFSI de 150 cv de potência e 35,5 kgfm de torque. 

SUV híbrido premium – Porsche Cayenne: 4,21% 

A Porsche deve muito ao Cayenne. Lançado em 2002, quando foi visto por muitos como um misto de ousadia e heresia, o grande SUV, irmão quase gêmeo do VW Touareg foi o primeiro esportivo utilitário da marca e se transformou num imenso sucesso de vendas, especialmente nos EUA.  

A versão híbrida só chegou ao mercado com a segunda geração do modelo, em 2010. Atualmente em sua terceira geração, surgida em 2017, o carro é equipado com um motor V6 a gasolina, turbo, de 3.0 litros e 462 cv de potência, associado a outro, elétrico, de 100 kW, que gera mais 136 cv. A tração é integral e a transmissão automática, com 8 velocidades. 

Fonte: Kelley Blue Book (KBB)

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