Duas bandeiras vermelhas, três intervenções do safety car e apenas 12 dos 20 carros que largaram na bandeirada. A primeira visita do Mundial de F-1 a Mugello, na Itália, foi acidentada e movimentada. Desta vez, no entanto, sem surpresas no alto do pódio. Lewis Hamilton (Mercedes) conseguiu manter a tranquilidade para vencer pela 90ª vez na competição, e ficar a apenas uma do recorde de Michael Schumacher. Com Valtteri Bottas em segundo, a novidade foi a terceira posição de Alexander Albon, com a Red Bull Honda.

O traçado de 5.245m próximo a Florença se mostrou algo estreito para a F1 em alguns pontos. Especialmente nos primeiros metros. Uma confusão logo na primeira volta levou a Alfa Romeo de Kimi Räikkönen a tocar na AlphaTauri de Pierre Gasly que, por sua vez, atingiu também a Red Bull de Max Verstappen. O holandês caiu para o meio do pelotão com problemas no sistema híbrido. O que levou à primeira intervenção do carro de segurança, vermelho em homenagem ao GP 1.000 da Ferrari na categoria.

Por poucos segundos ele ficou fora da pista. Na sexta volta, Valtteri Bottas puxava a fila para a relargada, mas demorou a reacelerar. O que provocou indecisão na parte final do pelotão, e um strike em plena reta dos boxes. Carlos Sainz (McLaren), Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo), Kevin Magnussen (Haas) e Nicholas Latifi (Williams) acabaram envolvidos. E a corrida foi interrompida pela primeira vez.

Pista livre e a relargada foi dada com os carros parados no grid. Bottas acabou superado por Hamilton na freada para a primeira curva. Charles Leclerc, que havia saltado para terceiro, começou a perder rendimento com o desgaste dos pneus. Lance Stroll assumiu a terceira posição, distante dos dois carros da estrela.

Se a primeira troca de pneus foi feita com a bandeira vermelha, uma segunda aconteceu com a prova em andamento. Bottas, com desgaste excessivo, parou antes de Hamilton (os dois retornaram com pneus brancos/duros). Quem ganhava terreno era Daniel Ricciardo (Renault), que passou o canadense da Racing Point pela P3. Na 43ª das 59 voltas, uma quebra levou Stroll a bater forte na curva Arrabiata, e nova vermelha foi mostrada pela direção de prova.

Mais uma troca de pneus no pitlane (todos optaram pelos macios) e, na relargada, a esperança de Bottas de atacar Hamilton acabou frustrada por Ricciardo, que saltou melhor. Quando finalmente superou o australiano, o finlandês tinha distância superior a dois segundos para o companheiro, e não conseguiu se aproximar para contar com a ajuda do DRS.

Ricciardo ainda perdeu o terceiro lugar para Albon, que tinha melhor desempenho. Num GP festivo, e numa pista conhecida, a Ferrari voltou a mostrar suas limitações. Leclerc recebeu a bandeirada em oitavo, duas posições à frente de um discreto Sebastian Vettel.

Hamilton fez questão mais uma vez de usar sua visibilidade por uma causa social. Apareceu no pódio com uma camisa em que pede a prisão dos policiais que asassinaram Breonna Taylor em março, em Louisville (EUA).

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