‘Nhé-nhé-nhé”. Quem nunca encarou esse barulhinho tentando fazer o motor pegar e nada? A bateria “acabou de acabar” e o motorista está lá, na rua ou em um estacionamento, sem conseguir andar com o carro. O que torna-se ainda mais comum com a chegada do inverno e do clima mais frio, já que a bateria fornece eletricidade através de uma reação química, que fica mais difícil conforme a temperatura baixa.

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O que fazer se a bateria do carro acabar?

De qualquer forma, bateria que descarrega com frequência não é normal. É preciso investigar as causas do problema, ver o estado da peça e a validade e fazer a manutenção regular do veículo. Mesmo assim, quando o automóvel não pega, veja 10 coisas para fazer se a bateria do seu carro acabar.

1. Tente a chupeta

“Chupeta” é um procedimento emergencial

Embora muitos fabricantes de baterias e as próprias montadoras desaconselhem a prática da transferência de carga, a popular chupeta é um quebra-galho emergencial e tanto. Mas é preciso ter um cabo apropriado e em perfeitas condições, e um carro “de apoio”, em bom funcionamento e com bateria com amperagem igual ou maior a do seu veículo.

Não encoste as carrocerias dos veículos e desligue todos os equipamentos que possam roubar carga – faróis, luzes internas, ar-condicionado, som etc. Abra o capô e conecte os pólos positivos das baterias e, em seguida, os negativos.

Ligue o motor do carro de apoio e depois ligue o automóvel que estava com a bateria arriada. Não esqueça de retirar os cabos na sequência inversa às quais foram conectados.

Mesmo assim, como dito, especialistas e marcas de baterias desaconselham a prática da chupeta. Isso porque essa transferência de carga pode queimar a central de injeção eletrônica, os reguladores de tensão e as peças eletroeletrônicas do veículo.

2. Chupeta portátil

Nos e-commerces da vida é comum encontrar carregadores portáteis. Eles têm o tamanho de uma maleta de ferramentas média e geralmente vêm com um voltímetro e cabos integrados. Como não ocupa espaço, pode ser uma boa alternativa de socorro particular.

Boris Feldman demonstra o funcionamento de um desses aparelhos: assista ao vídeo!

3. Chame o seguro

Você não tem o cabo de chupeta, nem carro auxiliar para resolver o seu problema? Uma das coisas para fazer se a bateria do seu carro acabar é acionar o seguro: veja se o seu contrato prevê socorro mecânico, que pode incluir emergências deste tipo. Geralmente, um profissional com moto vai até o local com uma bateria e cabos para justamente fazer a transferência de carga.

4. Verifique o cartão de crédito

Você não tem seguro, mas tem cartão de crédito? Muitas operadoras oferecem socorro mecânico e reboque 24 horas. Em geral, o serviço é oferecido por meio de parceria com… companhias seguradoras, e o procedimento de resgate costuma ser o mesmo do tópico anterior.

5. Chupeta “delivery”

Se o dono do veículo no caso não tiver essa cobertura de emergência mecânica, uma possibilidade é chamar esses serviços por outros meios. Há diversos aplicativos especializados que oferecem esse tipo de socorro. E, em muitas capitais, há motoristas de táxi que também prestam esse resgate mediante pagamento equivalente a uma “corrida”.

6. Ao dar a chupeta…

acelerador acelerar pedais istock
Quando o motor pega, não é necessário acelerar mais que o normal

Assim que você fizer a chupeta e o motor pegar, não é preciso acelerar como se não houvesse amanhã. Deixe o carro em funcionamento por alguns minutos antes de sair e também antes de ligar o ar-condicionado e o som, ou mesmo acender os faróis.

7. Segredo

Deu a chupeta mas o motor se nega a pegar? Antes de chamar um reboque, veja no manual do proprietário se não há algum procedimento específico. Muitos modelos, especialmente dos anos 1990 e 2000, têm uma espécie de segredo para quando a bateria é trocada ou “resetada”. Alguns, por exemplo, pedem para a chave ficar ligada só na ignição por alguns minutos.

8. Pegar no tranco

Em carro com câmbio manual, uma opção é tentar fazer o bicho pegar no tranco. É preciso soltar o freio de estacionamento, pedir para duas ou mais pessoas empurrarem o veículo, esperar o mesmo atingir aproximadamente 10 km/h, engatar a segunda marcha e soltar o pedal da embreagem. Se o motor pegar, pare em um lugar seguro e aguarde por mais alguns minutos antes de seguir.

Porém, é preciso estar atento e dar o tranco só se for porque a bateria arriou devido a algum escape de energia – por esquecimento de faróis acesos, por exemplo. Se a peça descarregou porque o motorista virou várias vezes o arranque e o carro não pegou, aí não é recomendável tentar o tranco. Provavelmente há algum problema mecânico ou elétrico para o motor não funcionar, desde uma bobina queimada é uma vela suja.

9. Solicite um reboque

Projeto de Lei que tramita conclusivamente na Câmara dos Deputados quer que órgãos de trânsito sejam obrigados a notificar dono de carro rebocado.
Em último caso, solução é chamar o reboque

Ou seja, se o carro não pegou, não insista nem com chupeta, nem com tranco. Solicite um reboque e encaminhe o veículo até uma concessionária ou oficina de sua confiança. As mesmas companhias de seguro e operadoras de cartões de crédito que oferecem socorro mecânico, também costumam ter o serviço de resgate.

10. Investigue

Bateria arriada não é normal, por isso, pesquise as possíveis causas. Primeiro, confira se a peça está dentro da validade – a duração é de dois a quatro anos, conforme o tipo e marca. Além disso, se você comprou um modelo usado ou seminovo, veja se a bateria que está lá é da amperagem recomendada para o veículo.

Na oficina, solicite ao seu eletricista de confiança para também checar o alternador, que é a peça responsável por manter a bateria carregada. Ou seja, não adianta nada trocar a bateria, se for o caso, e o alternador estiver com problemas.

Como escolher uma bateria nova para o carro? Boris Feldman dá algumas dicas em vídeo!

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