O carnaval em Salvador comemora os 70 anos de uma instituição.

Ela ganhou um palco e status de celebridade no Pelourinho. A fobica original levou Dodô e Osmar pelas ruas de Salvador em 1950 e inaugurou uma nova era no carnaval da Bahia. Os dois desfilaram tocando violão e cavaquinho que eles mesmos amplificaram ligando na bateria do carro. A banda se chamava Trio Elétrico e acabou dando o nome à invenção, como contam os irmãos Macedo, filhos de Osmar.

“O povo é quem proclamou: “Lá vem outro trio elétrico, outro trio elétrico e aí ficou o nome, 70 anos de trio elétrico”, conta o guitarrista Armandinho.

A invenção caiu nas graças do povo, tanto que Caetano Veloso decretou: “ Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”.

Moraes Moreira foi o primeiro cantor a subir num trio na década de 70, quebrando uma tradição instrumental e abrindo caminho para muita gente.

Foi em cima desses palcos móveis que muitos artistas baianos construíram a carreira, fizeram história. Alguns são tão ligados ao trio elétrico que é até difícil pensar neles fora desse ambiente. Quer um exemplo? Que tal Bell Marques? Do comecinho da carreira até aqui são 41 anos de trio.

“Quando ele se move, a energia se move junto com ele. Parece uma onda constante. A cada 20 metros a gente recebe uma energia renovada. Essa é a grande magia do trio elétrico”, diz Bell Marques.

Os trios de hoje são gigantescos, mas uma coisa não mudou: a missão de espalhar alegria.

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