Toyota Corolla 2020 - nova geração faz sua estreia no Brasil (Foto: Rafael Munhoz)

A expectativa da Toyota com o Corolla Altis Hybrid é muito grande: este carro é a grande aposta da marca japonesa para popularizar o sistema híbrido no país.

O sedã é o primeiro híbrido flex do mundo, o primeiro híbrido produzido no Brasil, o híbrido mais barato do mercado nacional e faz parte de um investimento bilionário. Mas será que vale a pena ter ele na garagem?

Novo Toyota Corolla híbrido faz mais de 16 km/l na cidade com etanol (Foto: Rafael Munhoz/Autoesporte)

Preço

A oferta de híbridos no Brasil ainda é muito pequena. Hoje só existem modelos importados e com preços altos. Este é o primeiro ponto positivo da chegada do Corolla híbrido, que custa R$ 125 mil e é o mais barato do mercado nacional. 

Depois do Corolla, vem o irmão Toyota Prius, primeiro modelo híbrido de produção no mundo e vendido no Brasil por R$ 128.530. Depois, o Lexus CT 200h – a marca é divisão de luxo da Toyota – que parte dos R$ 143.990. A partir daí só são vendidos híbridos acima dos R$ 150 mil.

Preço completo da linha do novo Corolla: GLi 2.0 CVT — R$ 99.990; XEi 2.0 CVT — R$ 110.990; Altis Premium 2.0 CVT — R$ 124.990; Altis Hybrid Premium 1.8 CVT — R$ 130.990. 

Toyota Corolla híbrido faz mais de 16 km/l na cidade com etanol (Foto: Rafael Munhoz/Autoesporte)

Nova plataforma

A nova geração do Corolla foi totalmente reformada e renasce sobre a plataforma modular GA-C, dentro do conceito TNGA — que já serve ao Camry, Prius e o novo RAV4. A Toyota investiu mais de R$ 1 bilhão para produzi-lo na fábrica de Indaiatuba, em São Paulo.

Com o chassi mais firme, a Toyota fez alguns ajustes, o principal deles é o esquema da suspensão traseira, agora independente por braços duplos. Outra mudança é o centro de gravidade, que baixou 1 centímetro com a redução de 3 cm na altura. Com um detalhe: a modularidade da plataforma permitiu elevar em 4 mm a altura em relação ao solo.

Em relação às medidas, a nova plataforma deixou a 12° geração praticamente com as mesmas medidas da anterior. São: 4,63 metros de comprimento (10 mm maior); e 1,78 metro de largura (5 mm maior); 1,45 metro de altura (20 mm menor) e permaneceu com os mesmos 2,70 metros de distância entre os eixos. 

O porta-malas mantém os 470 litros da geração anterior. O tanque de combustível tem 50 litros para as configurações a combustão e 43 litros para a híbrida.

Novo Toyota Corolla híbrido faz mais de 16 km/l na cidade com etanol (Foto: Rafael Munhoz/Autoesporte)

Garantia

Não bastasse todas as novidades que a nova geração traz, a montadora japonesa anunciou que o conjunto híbrido tem garantia de 8 anos. São números imponentes que reforçam a confiança no produto e devem ajudar o Corolla a manter sua supremacia na categoria. Já as versões a combustão foram de 3 para 5 anos.

A Toyota pretende vender uma média de mil unidades do Corolla híbrido por mês. Para efeitos de comparação, o Prius vendeu 647 carros até o final de agosto, portanto, em dois meses a Toyota pretende vender mais que dobro do Prius no ano.

Motor

Por aqui, tudo certo. Mas chegou a hora de te contar um ponto negativo, caso você escolha a configuração híbrida do sedã queridinho da Toyota. O Corolla híbrido conta com três motores no cofre frontal, dois elétricos e um 1.8 flex aspirado de ciclo Atkinson. São 101 cv de potência e 14,5 kgfm de torque, enquanto os elétricos produzem 72 cv e 16,6 kgfm — a Toyota não divulgou potência e torque combinados. O câmbio é CVT, mas não usa correias nem polias. 

Já a versão convencional com motor 2.0, conta com 177 cv de potência com etanol e 167 cv com gasolina a 6.600 rpm, e um torque máximo de 21,4 kgfm entregue a 4.400 rotações com ambos os combustíveis.

O teste da Autoesporte no Corolla híbrido mostrou que o lado mais empolgante do sedã não é a performance. A versão aspirada foi melhor no nosso teste de desempenho. No 0 a 100 km/h, a versão híbrida levou 12,8 segundos, contra 9,8 segundos da configuração com motor 2.0 convencional.

Toyota Corolla híbrido faz mais de 16 km/l na cidade com etanol (Foto: Rafael Munhoz/Autoesporte)
Novo Corolla híbrido faz mais de 16 km/l na cidade com etanol (Foto: Rafael Munhoz/Autoesporte)

Consumo

Mas a vantagem está no consumo. Com o sistema híbrido em ação, o resultado foi surpreendente. De acordo com a Toyota, o carro roda mais de 50% do tempo em modo elétrico na cidade, o que foi o suficiente para marcar 16,7 km/l com etanol em nosso teste. Média muito superior a qualquer de rival direto. Na estrada, o Corolla híbrido fez 12,7 km/l.

No quesito consumo, a versão “tradicional” do Corolla marcou 7,3 km/l na cidade e 11,6 km/l na estrada. A diferença é grande: a média de consumo da versão híbrida é de 14,7 km/l e a do Corolla XEI é 9,4 km/l. 

Toyota Corolla híbrido faz mais de 16 km/l na cidade com etanol (Foto: Rafael Munhoz/Autoesporte)

Itens de série

Entre os itens de série, o Corolla híbrido traz seis airbags, câmera de ré, controle de cruzeiro adaptativo, farol alto automático, assistente de permanência em faixa — que faz leves correções no volante —, frenagem automática de emergência com alerta de colisão, controle de tração e estabilidade.

O pacote opcional Premium custa R$ 6 mil, e inclui ar-condicionado automático de duas zonas, espelhos retrovisores externos eletro-retráteis, teto solar elétrico, limpador do para-brisa com sensor de chuva e lanternas traseiras em LED.

Comparando as versões Altis, que custam os mesmos R$ 124.990, a versão somente a combustão traz todos os itens do pacote Premium de série. 

Toyota Corolla híbrido faz mais de 16 km/l na cidade com etanol (Foto: Rafael Munhoz/Autoesporte)

Vale a compra?

Sim, principalmente se consumo de combustível é algo importante para você. O novo Toyota Corolla vem com visual mais moderno, bastante tecnologia, é econômico e tem garantia de 8 anos. Os pontos negativos ficam para o desempenho, que é pior do que a versão com motor 2.0, e para a ausência de itens de série importantes, como teto solar e ar de duas zonas. 

Quer outra vantagem? Os carros híbridos estão isentos do rodízio municipal de veículos em São Paulo. Portanto, o modelo não tem nenhuma restrição de circulação nos dias de semana.



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