Ford Escape tem visual mais parecido com o de carros de passeio (Foto: Divulgação)

A Ford está chamando o totalmente novo Escape 2020 como o seu mais inteligente crossover pequeno com uma boa razão. Totalmente reestilizado com um visual novo esportivo e estiloso, o Escape tem a opção de quatro motores, incluindo uma nova opção híbrida pela primeira vez desde 2012.

Mais longo, largo e baixo que o seu predecessor, o Escape toma emprestado elementos de design do Mustang de sexta geração e do Ford GT na frente, além de um spoiler na tampa do porta-malas.

Cerca de 90 kg foram cortados no peso e seja com o motor 1.5 ou 2.0 EcoBoost ou no caso do híbrido e do plug-in, o Escape consegue percorrer pelo menos 665 quilômetros. O híbrido convencional almeja passar dos 913 km.

A potência e força ficam entre os 182 cv e 24,5 kgfm nos modelos S, SE e SEL e chega aos 253 cv na versão Titanium. O sistema híbrido de quarta geração da Ford conjuga um motor 2.5 ao câmbio CVT e tem potência combinada de 200 cv. 

Em termos de praticidade, o novo Escape introduziu a segunda fileira deslizante e chega aos 1.061 litros (NR: com rebatimento). Enquanto isso, o SUV pequeno conta com seleção de modos de condução, quadro de instrumentos digital de 12,3 polegadas, head-up display e assistentes de direção.

Primeiras impressões

O Ford Escape 2020 representa uma nova fase para os crossovers da marca. O SUV aposta no retorno de uma versão híbrida, assistente de direção semiautônoma de série e design ousado.

O perfil não recorre ao truque visual que imita um teto flutuante (Foto: Divulgação)

O Escape também divide sua plataforma com o futuro SUV off-road apelidado como Baby Bronco. Por isso, a Ford pode focar no uso on-road e fez um carro desenhado para enfrentar os problemas do dia a dia.

Será que eles foram bem-sucedidos? Passamos alguns dias em Louisville, Kentucky — bem perto do lugar onde o Escape é produzido —, para descobrir.

O Ford Escape tem um visual mais suave do que o da geração anterior, com um teto rebaixado, bitolas mais largas e curvas por toda a parte. A parte da frente lembra a frente de um Kia moderno ou até do Porsche Macan em alguns ângulos. O teto tem um perfil um pouco mais baixo, mas a Ford conseguiu evitar a moda atual de criar um teto flutuante. Pilares C sólidos envolvem a cabine.

Spoiler integrado dá um toque de esportividade (Foto: Divulgação)

Lanternas horizontais estão em cada lado da traseira achatada. A tampa traseira (operada eletricamente nos modelos premium) tem uma fonte interamente nova para o nome da versão, toque tem um ar mais futurista.

Como a Ford está fazendo o Baby Bronco, um modelo do tamanho do Escape e totalmente separado, voltado para aventuras ao ar aberto, eles tiveram a liberdade de criar algo com jeito de carro de passeio. Sim, ele ainda é mais alto e tem recursos de SUV, mas ficou claro que a marca quer atrair fãs de automóveis como o Focus e o Fusion.

O motor básico é o Dragon 1.5 EcoBoost (turbo com injeção direta), capaz de gerar 182 cv e 24,5 kgfm. O propulsor inclui um truque: a desativação de um dos cilindros permite rodar como um bicilíndrico em baixa aceleração.

O aperfeiçoado 2.0 EcoBoost passou a entregar 253 cv e 38 kgfm de torque. Ambos os motores são integrados ao câmbio automático de oito marchas. A versão híbrida tem potência combinada de 200 cv e o plug-in deve gerar 211 cv, e vem associado a uma transmissão continuamente variável (CVT).

Painel do Escape tem imitação de madeira, mas é bem-feito (Foto: Divulgação)

Tanto o 1.5 quanto os híbridos normal e plug-in vêm com tração dianteira ou integral. O 2.0 sempre tem tração 4X4. A Ford não informou números de consumo até o fechamento da matéria.

O interior revela aparência premium. Mesmo a versão básica SE 1.5 tem ar-condicionado automático, painel digital e central multimídia de oito polegadas com suporte para Android Auto e Apple CarPlay.

Os mais caros trazem banco do motorista elétrico com memória, espelho retrovisor eletrocrômico, carregador de celular sem fio e tampa do porta-malas com abertura e fechamento automáticos. Materiais macios ao toque são nos lugares esperados e o couro parece ótimo para um carro nesse segmento. Os detalhes de madeira são, na verdade, de plástico, mas tem um visual natural.

O grande destaque do interior é a versatilidade. A fileira do meio é do tipo deslizante que, segundo a Ford, dá aos passageiros de três mais espaço para pernas do que no Chevrolet Tahoe, um SUV grande. Na posição normal, o vão para pernas é de 98 centímetros. O assento pode ser deslizado até 7,6 cm, o que faz esse número saltar para 103 cm.

Espaço interno do Escape equivale ao de SUVs grandes (Foto: Divulgação)

O volume do porta-malas é capaz de engolir até quatro sacos de golf ou uma caixa grande de bicho de estimação. Durante uma demonstração do espaço na traseira, havia seis malas no bagageiro. Até 949 litros estão disponíveis quando os bancos estão recuados (NR: até o teto). O volume se expande até 1.061 litros com a fileira deslocada para a frente. Se você rebater os bancos, o número é expandido até 1.851 l.

O nosso dia começou com uma versão 2.0 turbo Titanium a gasolina, versão que veio completa, com o Co-Pilot 360 e tração integral. A aceleração é brusca e o automático não tem buracos na mudança. Surpreendentemente, a transmissão é o grande destaque do trem de força. Dizemos surpreendentemente porque a lógica das trocas não chegam perto da suavidade do maior Edge. No Escape, a caixa de oito marchas é sólida como uma rocha.  

Há borboletas para fazer trocas manuais e, no modo Sport, elas respondem um pouco melhor. Mas não se engane: o Escape foi desenhado para ser um familiar para todos os dias e não um carro esportivo. O comportamento dinâmico também deixa isso bem claro. A suspensão se comporta bem sobre estradas ruins e a sensação da direção está a par dos veículos de sua classe, sem ser sensível demais, mas não ao ponto de ser terrível. O Escape inclina um pouco mais nas curvas, mas ninguém vai levar esse crossover para atirá-lo nas curvas dos canyons.

Câmbio de oito marchas tem comando giratório e foi um dos destaques (Foto: Divulgação)

Ignore o modo esportivo e dirija ele como um carro normal e ele faz tudo direito. Até o sistema eletrônico de start e stop nos semáforos é razoavelmente não intrusivo.

Não houve muita oportunidade para testar todos os modos de direção no tempo inclemente, mas cada um deles ajusta a resposta do acelerador, transmissão e a calibragem do sistema de tração integral para dar ao motorista uma confiança maior e tração em qualquer situação.

O melhor é o motor 1.5 tricilíndrico. Em comparação ao 2.0, os 182 cv da ficha técnica podem não parecer muito, mas é muito disposto na cidade e o veículo avança sem problemas. A curva de torque plana faz o Escape parecer mais respondão do que parece.

O três cilindros soa um pouco mais alto na cabine do que o propulsor maior, mas não ao ponto de sobressair em relação ao barulho de rodagem. O três cilindros também tem um ronquinho diferente em razão da natureza desbalanceada dos motores do tipo. Ainda assim, na nossa opinião, fique com o 1.5.

Confiabilidade

Com qualquer modelo, o primeiro ano de produção pode ter problemas. Então, se você está preocupado com a confiabilidade, espere por um ano para ter a certeza que todos os grilos foram resolvidos. O motor 1.5 está sendo aplicado em um número crescente de veículos e nunca teve nenhum problema. O mesmo pode ser dito do 2.0 EcoBoost.

Mercado

O preço começa em US$ 24.885 por um modelo básico S com tração dianteira e motor 1.5 EcoBoost. O SE começa em US$ 27.095; o SE Sport Hybrid em US$ 28.255 e o SLE parte de US$ 29.255; e o Titanium sai por US$ 33.400.

Quadro de instrumentos digital é de série no Ford (Foto: Divulgação)

A maioria dos compradores deve procurar o SE Package, que tem o motor 1.5, multimídia SYNC3 com Apple Car Play e suporte para Android Auto, além de botão de partida. Frenagem autônoma é de série, mas compradores pode adicionar o pacote de US$ 995 com controle de cruzeiro adaptativo, sensor de ponto-cego, farol alto automático, sistema de permanência em faixa e até um fluído descongelante para o para-brisa. Um belo teto solar panorâmico com cortina elétrica sai por US$ 1.195. Um Titanium completo sai por menos de US$ 40 mil.

Conclusão

Há pelo menos 22 crossovers diferentes nesse segmento agora, e o novo Ford Escape traz alguns recursos interessantes, segurança líder na classe e uma versão híbrida que a maioria não oferece.

Como o carro não precisa se virar em tudo para todos os compradores, a Ford conseguiu deixar a pretensão offroad em Dearborn (NR: sede da marca) para o Baby Bronco e criou um veículo redondo para a cidade e para as famílias suburbanas, como deseja a maior parte dos proprietários.

Ele pode não ser ter uma direção tão dinâmica quanto o Mazda CX-5, mas o Escape se comporta como você esperaria para uma corrida ao colégio, compras ou um treino de futebol. O assento traseiro deslizante é também uma maneira de fazer o crossover pequeno significativamente maior por dentro. O Ford Escape 2020 vale uma olhada.

Ficha técnica

Motor
Dianteiro, transversal, 3 cil. em linha, 1.5, 12V, comando duplo, turbo, injeção direta de gasolina

Potência
182 cv a 6.000 rpm

Torque
24,5 kgfm a 2.500 rpm

Câmbio
Automático de oito marchas, tração dianteira

Direção
Elétrica

Suspensão
Indep. McPherson (diant.) e braços duplos triangulares (tras.)

Freios
Discos ventilados (diant.) e sólidos (tras.)

Rodas e pneus
225/65 R17

Dimensões
Comprimento: 4,58 metros
Largura: 1,88 m
Altura: 1,67 m
Entre-eixos: 2,71 m

Tanque de combustível
55 litros

Porta-malas
470 litros (estimado)

Peso
1.496 kg

Central multimídia
8 pol., sensível ao toque; Android Auto, CarPlay e Alexa (Amazon)



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