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O lado conservador do homem sempre reage diante de novidades. Quando surgiram os carros com motor a combustão, no final do século 19, o imperador alemão da época, Kaiser Wilhelm, segundo disse que eles não substituiriam o cavalo. Olha só. Hoje a discussão está centrada no carro elétrico, no lugar do combustão. Primeiramente, discute se até o lado ambiental da questão, pois não é verdade que o elétrico contribui para valer na descarbonização do planeta.

Ele dá mesmo essa impressão ao rodar quietinho e sem fumaça no trânsito urbano. Mas e o se CO2 emitido para produzir as baterias e o próprio carro, que é enorme. E o pior, ao recarregar na parede, muitos países do primeiro mundo geram energia elétrica a partir do que? Carvão, diesel e gás. Que hipocrisia! Quais são os problemas para o motorista de automóvel? A bateria? Não apenas.

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Primeiro: ainda é muito caro e custa de 30 a 40% mais que o carro convencional. Hoje, no Brasil, os compactos elétricos tiveram seus preços reduzidos para cerca de  R$ 100 mil a R$ 150 mil. Mas SUVs e sedãs médios começam para lá de R$ 250.000.

Segundo: ter apenas o elétrico em casa. Tem que ser o segundo ou terceiro na garagem, pois no caso de uma viagem é quase certo um perrengue na estrada, mesmo que o motorista tenha programados pontos de recarga.

Isso porque ele chega no primeiro posto com tomada, pode ter uma fila esperando e cada carro fica pelo menos uns 30 minutos, ou  mais. O seu mapa indica que o motorista tem um outro eletro posto a 30, 40 quilômetros a frente. Vamos lá, Chegou lá. Bingo! Ninguém na fila porque a tomada está quebrada.

Terceiro: depois de Elon Musk passaram a pipocar várias fábricas de elétricos pelo mundo, os chineses se destacaram com a melhor tecnologia no assunto. Mas até no Brasil já apareceram dois empresários, um brasileiro e outro argentino, carregados de boas intenções para fabricar os elétricos, mas descarregados de capital e tecnologia. Nem a Tesla, com todo seu potencial financeiro, escapou de dezenas de problemas operacionais. Aliás, a Hertz, maior locadora do mundo, colocou no mês passado de uma vez 20 mil de seus elétricos à venda, assumindo um gigantesco prejuízo financeiro.

Carro elétrico não é investimento é gasto

Quarto: aliás, automóvel não é investimento financeiro e perde valor no momento em que deixa o show ruim, quando perde aí 10 a 20% do valor. Essa regrinha não se aplica ao elétrico, que pode perder até 30 a 40% do valor inicial ou mais. Se for necessário uma nova bateria, ela pode custar o mesmo que o próprio carro. Nos principais mercados de usados do primeiro mundo elétrico se acumulam nos pátios por falta de interessados.

Quinto: é o probleminha de como recarregá-los? Complicadíssimo para quem mora em prédio de apartamento.

Sexto: a velha história da autonomia, do alcance. A quilometragem de rodagem é o maior problema desde que o elétrico foi inventado, no século 19, antes mesmo do motor a combustão. Nenhum problema no trânsito urbano, onde se roda poucos quilômetros por dia. Mas na rodovia é que o bicho pega, pois o valor declarado pelo fabricante é um conto da carochinha.

E, acredite se quiser, a autonomia chega a se reduzir a metade. Se tiver o ar condicionado ligado, se o pé do motorista for “pesado” e se a topografia (com muita subida), além da queda normal de capacidade da bateria, comprometem o alcance. Para piorar, em regiões de temperaturas muito elevadas ou muito baixas, a autonomia também é penalizada. Aí a situação é caótica.

Sétima: e a manutenção? A garantia da bateria pode chegar a oito anos, mas o elétrico tem suspensão, direção, freio, refrigeração e transmissão que podem se quebrar.

Moral da história, o carro elétrico tem seu lado positivo, mas muitos problemas que complicam a vida do motorista, como em qualquer transição no mundo. Mas se você estiver mesmo interessado em um carro a bateria só se for para rodar no transito urbano. Além disso é perrengue na certa.

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Fonte: Você conhece os 7 principais problemas do carro elétrico?

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