As fusões e aquisições no segmento das grandes montadoras de automóveis proporcionam combinações que, até então, pareceriam no mínimo esdrúxulas.

Um Dodge com base mecânica de Alfa Romeo? Pois isso faz, sim, todo o sentido – e deve até render um modelo interessante. 

Reunidos sob o chapéu da FCA – e, agora, da aba ainda maior do grupo Stellantis – a norte-americana Dodge e a italiana Alfa Romeo estão em plena troca de figurinhas, com o objetivo de lançar dois novos modelos.

Como era de se esperar, ambos serão SUVs e, também seria previsível, terão tecnologia de propulsão elétrica. 

Não somente elétricos, ao menos por enquanto. A ideia é que o Hornet (o carro da Dodge) e o Tonale (primo Alfa) sejam híbridos, combinando um motor a combustão pequeno (de quatro cilindros) com outros movidos a bateria que, juntos, moverão as quatro rodas dos veículos. 

Especula-se que os dois utilitários usarão a plataforma do Jeep Compass 4XE, híbrido (outro primo), batizada de “Small Wide 4×4” (algo como pequena e larga 4×4, em tradução livre).

O(s) projeto(s) já está(ão) em fase adiantada e o lançamento de ambos os modelos deve acontecer até o final de 2022.  

Diferentemente do Compass, no qual o motor a combustão é o 1.3 GSE, de quatro cilindros e turbinado, gerando entre cerca de 190cv e 240cv, os novos Hornet e Tonale deverão oferecer um desempenho mais condizente com a esportividade associada a suas marcas, graças a motores maiores – tanto a combustão quanto elétricos. 

A ideia é que o Dodge Hornet substitua o já veterano Journey, embora o novo carro deva ter medidas menores que o de porte menor – o modelo atual tem quase 4,9 m de comprimento e leva até sete passageiros, o novo deve ficar em torno de 4,5 metros. 

eMuscle cars vêm aí também 

Famosa por produzir muscle cars icônicos, como os atuais Charger e Challenger, a Dodge deve estender também a eletrificação a esse tipo de carro em breve.

Segundo Tim Kuniskis, CEO da companhia, os eMuscle cars devem chegar até 2024, mantendo a mística da superpotência e da sensação de dirigir diferenciada. 

Espera-se que os novos modelos ultrapassem os 1.000cv de potência, com a combinação de motores a combustão e elétricos, trazendo ainda tração integral – algo que ajuda muito em arrancadas. Para se ter uma ideia, a versão mais braba do Challenger, a Hellcat, hoje, oferece 807cv. 

Já na Alfa Romeo, seguindo a tendência europeia – mais acelerada que a americana na direção da emissão zero – pretende ter um portfólio exclusivamente híbrido e/ou elétrico até 2027.

Se pensarmos que uma das marcas registradas da marca do “coração esportivo” (cuore sportivo) é o som de seus motores, perceberemos o quão radical será essa transformação. 

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