Normalmente alguém que está disposto a pagar R$ 339.950 em um carro pode não se importar tanto assim com o consumo de combustível. Mas os donos do Volvo S90 sabem o que tem em mãos: o carro mais econômico do Brasil. E você aí imaginando que era o Renault Kwid ou o VW up! TSI ou até mesmo o Toyota Corolla Hybrid.

Muito além de apenas números, o Volvo S90 entrega o que há de melhor na marca escandinava: tanto em luxo quanto em tecnologia. Ele é o maior sedã da Volvo e o mais luxuoso, especialmente na versão Inscription, a única oferecida no Brasil.

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Capô gigante, consumo minúsculo

Debaixo de seu gigantesco capô (e coloca grande nisso), o Volvo S90 traz um motor 2.0 quatro cilindros turbo associado a um conjunto de motores elétricos para prover 407 cv e impressionantes 65,2 kgfm de torque.

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Segundo dados do Inmetro, ele consegue atingir 21,3 km/l na cidade e 25,6 km/l na estrada – em nossos testes ele chegou a 30 km/l na estrada. Para atingir tais níveis de consumo é preciso deixar as baterias totalmente recarregadas. É possível facilmente passar de 1.000 km de autonomia com tanque cheio e cargas regulares da bateria.

Na linha 2020, a autonomia foi estendida para 39 quilômetros – mais do que suficiente para trajetos diários. Mas se prepare para procurar por postos de carregamento rápido que enchem as baterias em duas horas pois na tomada doméstica a espera é longa.

Na capital paulista a quantidade de pontos de carregamento de carros elétricos é bem grande e em sua maioria gratuita, já em cidades do interior ou fora do estado, encontrar uma tomada para o seu S90 pode ser trabalhoso. Ele não carrega automaticamente ao rodar, sendo necessário ativar o modo Charge na central multimídia para que o motor 2.0 carregue as baterias.

O Volvo S90 ainda traz o modo Hold para que as baterias não sejam consumidas, mantendo a carga completa para que o motorista as use apenas quando desejar. Nesse modo, o modo 2.0 turbo trabalha de maneira frugal, mantendo 16 km/l na estrada. Já em modo Pure, o Volvo economiza ao máximo as baterias e usa o motor turbo apenas se extremamente necessário.

Opulência

Só que o S90 é bem mais do que números e consumo de combustível baixo. Ele é um carro que evoca sensações. O torque mais que farto de 65,2 kgfm faz com que seu corpo se agarre aos bancos em acelerações mais fortes. Nessas horas, o motor elétrico entra em ação primeiro produzindo um urro, para depois o 2.0 turbo entrar discretamente com seu som.

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O gigantesco sedã de 4,96 m de comprimento, 1,44 m de altura e 2,01 m de largura acelera com vitalidade, especialmente por conta do bom trabalho da transmissão automática de oito marchas. Ela trabalha de maneira absurdamente suave, fazendo com que as trocas não sejam sentidas em nenhum momento. Destaque para a elegantíssima manopla de cristal.

Voltado para o conforto, o S90 não é arisco nas curvas como um BMW Série 5 ou um Mercedes-Benz Classe E. Sua tração é integral provida pelo sistema elétrico, sendo capaz de manter compostura em curvas mais fortes. No entanto, as duas toneladas de peso e o entre-eixos longo de 2,94 m fazem sentir quando a velocidade é mais alta.

Direção igualmente confortável tem peso correto, não sendo excessivamente leve ou pesada. Tal qual a suspensão, que mantém o maior sedã da Volvo comportado em seu lugar. Ele é confortável e encara vias irregulares sem problemas, mesmo que suas rodas grandes de 20 polegadas com pneus de perfil baixo sugiram justamente o contrário. Na estrada é onde o S90 brilha, mostrando comportamento sólido e constante.

Dirige sozinho

Um dos destaques da Volvo sempre foi seus sistemas de condução autônoma, algo que não poderia ser diferente no S90. Ele traz piloto automático adaptativo com leitor de faixa. Com o sistema ativado, o sedã praticamente se dirige sozinho, mantendo o centro da faixa constantemente e realizando frenagens e acelerações com suavidade.

A frenagem autônoma de emergência entra em ação apenas em situações extremas, evitando sustos ao motorista como alguns outros carros fazem. Além dessa regalia, o S90 ainda traz park assist capaz de entrar e sair de vagas sozinho – só que o sistema não é tão avançado quanto o da Mercedes e ainda exige que o motorista opere os pedais e a marcha.

Sala de Gotemburgo

Sendo o sedã mais luxuoso e mais refinado da Volvo, o S90 entrega o que há de melhor na Suécia. Couro de qualidade e toque aveludado está presente nos bancos, painel de onde as mãos tocam. Ele tem ainda madeira legítima revestindo o painel acompanhada de elementos em alumínio.

Um dos lemas da Volvo em seu interior é o minimalismo. Não há excesso de elementos ou de texturas, sendo um design que encanta pela simplicidade. A central multimídia domina a cena com usabilidade bem parecida com um celular, além de ser muito rápida e ter ótimos gráficos. Android Auto e Apple CarPlay estão presentes, mas ficam reduzidos à metade da tela.

Comandos físicos da central multimídia logo abaixo dela facilitam e muito o uso em uma operação mais simples. Bem que o ar-condicionado poderia ter comandos próprios, já que é preciso entrar em dois menus diferentes apenas para ajustar a temperatura ou a ventilação. Destaque tecnológico vai também para o painel de instrumentos de 12,3 polegadas.

Com 19 alto-falantes e 1.400W de potência, o sistema de som do S90 é um show à parte. Ele é capaz de simular a acústica da sala de concertos de Gotemburgo ou de um palco de shows. A qualidade de som é impressionante e cristalina. Ao escutar um podcast, por exemplo, o S90 da a impressão de que você está na mesma sala dos apresentadores.

Outro destaque audível é como a Volvo trabalhou os alertas dos sensores de estacionamento. Caso um obstáculo se aproxime pelo lado direito da traseira, o som é emitido exatamente daquele lado, criando uma segunda confirmação de segurança que deixa o motorista mais alerta.

Latifúndio

Sendo o maior sedã da Volvo, o S90 é gigantesco por fora e por dentro. Os bancos são exemplarmente confortáveis e tem regulagens elétricas até das almofadas laterais. Com ele é possível encarar facilmente quilômetros de estrada ou trânsito pesado sem maltratar a coluna. Há uma falha, no entanto: um carro de mais de R$ 300 mil tem ajuste manual do volante.

O espaço na traseira é farto, mesmo que o motorista prefira dirigir com o banco baixo e as pernas esticadas. O teto não tem queda de cupê, evitando roubar espaço para a cabeça. Mas não experimente levar três pessoas atrás pois o túnel central é tão alto que torna impossível alguém viajar ali com conforto.

Conclusão

Oposto de Mercedes-Benz Classe E, BMW Série 5 e Audi A6, que tratam a esportividade como prioridade, o Volvo S90 tem na elegância e no conforto seus pilares. Feito para rodar quilômetros a fio com absoluta serenidade, ele impressiona não somente pelo consumo esdrúxulo de baixo, que o coroou o carro mais econômico do Brasil, como também pela atenção obsessiva pelos detalhes e pela tecnologia.

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