O Instituto Nacional de Metrologia, o Inmetro, divulgou esta semana um ‘documento’ que a maioria dos consumidores brasileiros leva em conta na hora de comprar um carro: a tabela do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). Ela está no pára-brisas de todo carro novo e mostra quais são os carros e picapes mais econômicos do país.

Nesta lista aqui no Entre-eixos, não há elétricos ou híbridos, só aqueles com motor a combustão. Foram avaliados cerca de 1 mil modelos e versões. O Onix Plus, da Chevrolet, se destaca como o mais econômico do país – tanto com etanol como com gasolina no tanque. Aliás, é rotineira sua presença nessa lista – e lá no topo.

Principalmente as versões que levam o motor 1.0 de 82cv. Apesar de a medição do Inmetro ser bem técnica, basta sabermos: o Onix Plus chega a fazer 17,7km/litro na estrada, com gasolina. 

A análise do órgão elenca os carros por meio do consumo energético em megajoules por quilômetro, o MJ/km (quanto um carro precisa para se locomover). Quanto menor o MJ/km, mais econômico o carro.


1º – Onix – O Chevrolet, versão Plus LT (índice de 1,34 MJ/km). Faz até 17,7 km/l. Na cidade, com etanol: 10,1 km

2º – Kwid – A insossa versão Lite, mas bem útil, do carrinho da Renault tem motor 1.0 de apenas 70cv, mas chega a fazer até 15,6 km/litro (reforçando: na estrada, com gasolina no tanque).

3 º – Chevrolet Onix LT – Motor 1.0 flex de 82cv e consumo: 1,40 MJ/km (16,7 km/l na estrada).

4 º – Hyundai HB20 S Platinum – Com motor 1.0 turbo flex de 120cv (1,43 MJ/km) faz na estrada até 16 km/l.

5º – Fiat Mobi Easy – Motor 1.0 flex de 75 cv (1,47 MJ/km) consegue fazer até 15,3 km/l.

6º – Fiat Argo 1.0 – Versão de entrada, o hatch leva motor 1.0 flex de 77 cv. Consumo: 1,47 MJ/km,ou 15,1 km/l.

7º – HB20 Sense – Tem motor 1.0 flex aspirado de três cilindros de 80 cv e câmbio manual de 5 marchas. Consumo: 1,51 MJ/km, ou 14,9 km/l.

8º – Fiat Cronos 1.3 – Tem motor 1.3 flex de 109 cv e câmbio manual de 5 marchas. Tem consumo de 1,52 MJ/km (15,6 km/l na estrada com gasolina).

9º – Volkswagen Voyage 1.0 – A versão com rodas aro 14, pois até isso influencia, claro, no consumo. Bem, ele tem motor 1.0 de três cilindros com 84 cv e câmbio manual de 5 marchas. Tem índice de 1,52 MJ/km, o equivalente a 15,6 km/l. Na cidade, com etanol, faz 8,9km/l.

10 – Renault Logan 1.0 Zen – Com motor 1.0 flex de 82 cv e câmbio manual de 5 marchas. Tem consumo energético de 1,54 MJ/km (faz 14,2 km/l na estrada, com gasolina.


Entenda – O PBE existe desde 2008. Nasceu de forma voluntária – e apenas cinco montadoras. Hoje, dele fazem parte vários órgãos públicos, como os ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente, Ibama etc. Ele analisa consumo de combustível, eficiência energética e classifica o veículo sobre emissões de CO2. É, enfim, uma referência excelente para o consumidor na hora da compra.

E os híbridos? 
Há, claro, carros mais econômicos no Brasil. Mas apenas com motorização híbrida – o que os deixam muito caros. Por exemplo, a BMW tem o sedã 330e M Sport: bonito e imponente, luxuoso e confortável…E faz incríveis 0,79 MJ/km, ou 26,8km/l na estrada, com gasolina. O motor é 2.0 turbo híbrido plug-in de 252cv, com câmbio automático de 8 marchas. Mas o preço é de assustar: R$ 355 mil. O Volvo S60 T8 Recharge, já testado por este colunista, fica na mesma faixa de preço e faz 22,5 km/l (gasolina), mesmo com um conjunto de 2.0 turbo híbrido plug-in de 407cv.


E os elétricos?

Não param de chegar ao Brasil. A Peugeot, por exemplo, começou a vender no mercado brasileiro o e-208 GT, um hatch esportivo 100% elétrico. Ele chega em única versão, por R$ 245 mil. Os 20 primeiros compradores do modelo ganharão uma estação de recarga doméstica da WEG, parceira certificada pela marca e qualificada para venda de estações. 

A performance do e-208 GT é garantida por um motor que entrega de imediato 26,5kgfm de torque  e 136cv de potência (100 kW). O conjunto permite ao modelo acelerar de 0 a 100km/h em apenas 8,3 segundos. O charmoso hatch oferece três modos de condução, clássicos: o “Eco” para otimizar a autonomia; o “Drive” para o dia a dia; e o “Sport” para desempenho, usando a potência e torque máximos.

 O câmbio (tipo joystick) tem cinco modos de seleção, sendo que o B Mode atua para garantir a regeneração da bateria. Ah, e o motorista pode escolher entre “moderado”, para sensações semelhantes às de um veículo a combustão, e “aumentado”, para uma desaceleração controlada pelo pedal do acelerador. Com 50 kWh de capacidade, o Peugeot e-208 GT é capaz de percorrer até 340km com carga completa. E pode ser carregado em tomadas convencionais do tipo residenciais ou em carregadores rápidos por meio de um plug (no mesmo lugar de abastecimento da versão a combustão).

Já a marca alemã Volkswagen apresentou aos brasileiros os carros elétricos ID.3 e ID.4 – tanto para o Brasil e outros principais mercados da América Latina. O ID.3 é um hatchback compacto com até 550km de autonomia produzido e vendido na Europa e em breve também na China. Já o ID.4 será produzido em três continentes (América, Europa e Ásia). Esse SUV pode rodar até 520km com uma carga. Porém, não se animem: as primeiras unidades que desembarcam por aqui serão apenas para clínicas de pesquisas com consumidores.

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