A Nissan mudou os planos de produzir um veículo elétrico no Brasil no próximo ano. A ideia ainda está no radar da montadora, mas não deve ocorrer em 2022, como havia sido previsto pelo antigo CEO, Marco Silva.

O modelo, desenvolvido em cima da tecnologia e-Power e adaptado para trabalhar com etanol, continua em desenvolvimento, mas deve atrasar.

Tanto a pandemia quanto a mudança na estrutura da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi em todo o mundo, incluindo as Américas, mudou o projeto. Vale lembrar que a expectativa é a adoção do sistema, que usa um motor a combustão como gerador para o motor elétrico, no Kicks.

A empresa ainda não confirma, mas, quando a reestilização do SUV surgiu na Tailândia em 2020, foi mostrada uma versão com a motorização e-Power. Como o motor a combustão não move as rodas, o carro é considerado elétrico, e não híbrido.

No caso do Brasil, com etanol, o e-Power seria ainda mais limpo que em outros países que utilizam a tecnologia com gasolina – caso da Tailândia e do Japão.

Diferentemente de outros mercados onde a Nissan usa um motor 1.2 a gasolina, aqui ele deve manter o 1.6 que já está adaptado para o etanol, facilitando o projeto.

O Kicks e-Power nacional está praticamente desenvolvido em termos de engenharia. A parceria com a Unicamp faz parte do projeto. Agora, a Nissan está em compasso de espera para entender os planos e a parte comercial do projeto.

A adoção da tecnologia flex no e-Power deve ser em um segundo momento implementada em outros países que tem usado o etanol, caso da Índia.

José Antonio Leme

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