A Mercedes anunciou nesta quinta (17) que irá interromper a montagem de carros em sua fábrica de Iracemápolis (SP). A unidade era responsável pela produção do Classe C — que na versão EQ Boost foi o primeiro híbrido montado no Brasil — e do GLA.

Além da unidade recém-fechada, a Mercedes também conta com fábricas em São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG), responsáveis pela produção de caminhões e chassis de ônibus no Brasil.

A fábrica de Iracemápolis era a mais nova da empresa no País, inaugurada em 2016. Ela faz parte do boom criado pelo programa Inovar-Auto, que também trouxe ao Brasil as fábricas da BMW (Araquari/SC), Jaguar Land Rover (Itatiaia/SP) e Honda (Itirapina/SP), que seguem em operação.

Em nota à imprensa, a Mercedes afirma que a decisão ocorreu por conta da “otimização de sua rede global de produção” e que “a situação econômica no Brasil tem sido difícil há muitos anos e foi agravada pela pandemia da Covid-19“.

A fábrica de Iracemápolis tinha 370 colaboradores, cujo futuro ainda é incerto. A Mercedes afirma que “irá buscar alternativas para os empregados, incluindo a possibilidade de um programa de demissão voluntária e outras possibilidades que serão avaliadas em um futuro próximo”. Ela também destaca que os modelos da empresa, seguirão à venda no Brasil, agora importados.

Isso irá impactar negativamente nos preços do Classe C, que irá perder o benefício fiscal pela produção local. O GLA já estava sumindo da rede de 50 concessionários, pois o SUV irá trocar de geração no início de 2021.

Repeteco
Essa é a segunda vez que a Mercedes deixa de fabricar automóveis no Brasil. A empresa estreou sua produç

O CLC foi o último carro montado em Juiz de Fora — Foto: Divulgação

ão nacional em 1999, com a inauguração da unidade de Juiz de Fora, responsável pelo Classe A. O monovolume foi produzido até 2005.

Em seguida a unidade foi responsável pela montagem, em regime de CKD (veículos parcialmente desmontados) do Classe C hatch, chamado de SportCoupé e, depois, de CLC. No fim da vida do modelo, inclusive, o Brasil era o único responsável por sua produção global.

O processo durou até 2010, quando a Mercedes optou por encerrar de vez a montagem de automóveis no Brasil. Desde então a unidade vem recebendo diferentes ajustes para não ser fechada. Atualmente ela produz cabines de caminhões que são enviadas para a linha de produção no ABC paulista.

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