ALESSIO SANAVIO
INFOMOTORI.COM/ITÁLIA

Há uma tendência que cresce inexoravelmente no mundo automotivo e na eletrificação. Existem marcas que criam diferentes tipos de fonte de alimentação para um mesmo modelo. O mesmo carro pode ter uma versão totalmente elétrica, sem motor térmico, outra híbrida, que conjuga motores elétrico e térmico, uma terceira híbrida leve, sem motor elétrico, e ainda a tradicional versão a combustão. A Subaru decidiu abordar esse tópico à sua maneira e criou um sistema intermediário entre o híbrido e o híbrido leve. Esse sistema, usado pelo SUV médio XV, não é um Full Hybrid clássico, pois a bateria possui uma capacidade muito limitada. Ao mesmo tempo, não é um híbrido leve, ou Mild Hybrid, pois o sistema elétrico é capaz de mover o carro por até 1,6 km.
Conceitualmente, o Subaru XV e-Boxer não apresenta nenhuma revolução em comparação com o restante da gama atual,  que na América do Norte é conhecido como Crosstrek. O modelo, que é a segunda geração do SUV derivado do Impreza, oferece uma versão com motor a gasolina de 1.6 litro, de 114 cv, sem qualquer tecnologia eletrificada, e substituiu na Europa o motor 2.0 litros a gasolina, de 150 cv, pelo e-Boxer, sempre 2.0 litros de 150 cv e com sistema híbrido. Na América do Norte, o motor 2.0 e-Boxer convive com o 2.0 boxer tradicional, enquanto no Brasil existe apenas o motor 2.0 litros boxer convencional. Todas as versões são semelhantes do lado de fora, mas com especificidades no lado de dentro, por conta da diferença de motorização. Sob o capô, a unidade 2.0 de 150 cv e 19,8 kgfm de torque ganha uma unidade elétrica que adiciona 16 cv.
Para esse propulsor, a caixa de velocidades sofreu uma reformulação total. A presença da unidade elétrica instalada diretamente na transmissão reduz as perdas de energia e aumenta a autonomia no modo elétrico. A bateria de 0,6 kWh é suficiente para as reinicializações exigidas pelo start/stop e para aumentar o vigor nas acelerações, o que melhora a performance em baixos giros, pois trata-se de uma unidade aspirada, sem turbo. Os 16 cv não chegam a fazer diferença em velocidades mais altas. A adoção do sistema híbrido implicou em um aumento de peso de 110 kg   no total, chegou a 1.500 kg  , por conta da é colocada no porta-malas. Um efeito colateral foi a perda de 25% volume da capacidade de carga: caiu de 590 para 450 litros.
Dinamicamente, esse ganho de peso não chega a ser percebido pelo motorista, Ainda mais porque o sistema simétrico de distribuição de carga igualmente em cada uma das rodas do veículo se manteve intacto. O Subaru XV e-Boxer, como a maioria dos carros híbridos, possui transmissão CVT. Nesse caso, a tecnologia Lineartronic possui uma corrente de transmissão em vez da correia de metal e é desenvolvida para uso em veículos de passeio com tração nas quatro rodas. No Brasil, o Subaru XV traz o motor boxer a gasolina de 2.0 litros. Ele rende 156 cv e 20 kgfm de torque, tem câmbio CVT, tração nas quatro rodas e custa a partir de R$ 144.900.



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