A cidade de Criciúma pode ser sede de uma montadora de carros elétricos. O município está sendo avaliado por empresários do Paraná como possível local para a construção da empresa. Os investidores possuem parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Cascavel e já possuem um protótipo do veículo que deverá ser montado no novo negócio.

Em Criciúma, o grupo irá visitar a empresa Librelato, a Satc e uma empresa especializada na importação de baterias que serão utilizadas no carro. “O objetivo deles amanhã é conhecer fornecedores e também avaliar a capacidade educacional da região. A Librelato, por exemplo, tem expertise na produção de chassi e poderia fornecer esse produto para a montadora. A Satc também é focada na educação de inovação e já vem há anos estudando a tecnologia de carros elétricos”, disse o diretor de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Criciúma, Claiton Pacheco.

Esta não é a primeira vez que Criciúma é sondada para ser a sede de uma marca de carros elétricos. Em 2019, surgiram rumores de que a empresa americana Tesla estaria mapeando o município para implantar uma de suas unidades. O tema chegou a ser discutido pelo deputado federal Daniel Freitas com o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e com o próprio Pacheco e presidente Jair Bolsonaro. O grupo, inclusive, fez uma viagem até a Tesla para conhecer a montadora americana.

“Foi até esta movimentação que chamou a atenção deste grupo de investidores do Paraná para Criciúma. Eles viram que se uma empresa como a Tesla estava apresentando um interesse aqui é porque a cidade tinha condições de receber uma indústria de carro elétrico”, destacou Pacheco.

Mas a montadora paranaense não teria nenhuma relação com a Tesla ou qualquer outra marca de veículos. “É uma empresa independente. O protótipo deles tem três rodas, duas na frente e uma atrás. A autonomia é de até 200 quilômetros com uma recarga de três horas de duração”, enumerou o diretor.

E a Tesla?

Conforme Pacheco a possibilidade da Tesla vir para Criciúma ainda segue. O tema ganhou foco em fevereiro em 2020, mas a pandemia freou os encaminhamentos. “Tivemos o primeiro contato em fevereiro. Depois houve um contato da empresa com a embaixada americana aqui no Brasil para retomar as conversas com o ministro e com a chegada do coronavírus essa conversa esfriou. Agora, com a desaceleração do contágio no Brasil retomei os contatos com o deputado Daniel Freitas para reativar o assunto, mas ainda não avançou”, disse

Porém, o diretor acredita que as negociações ainda seguem distante de Criciúma. “A verdade é que a legislação e as políticas de produção de carro elétrico no Brasil ainda precisam evoluir muito. Hoje, por exemplo, não temos pontos públicos para carregar um carro. Então acredito que as tratativas ainda dependem muito dos andamentos na esfera federal. A gente, claro, tenta chamar a atenção para a nossa cidade”, completou.



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