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Desenvolvido pela GM do Brasil, o Chevrolet Celta teve mais de seis versões ao longo de sua história

O Chevrolet Celta mostra que, desde sempre, a GM sabia a fórmula do sucesso que viria a se concretizar com todas as forças a partir do lançamento do Onix: um carro compacto, econômico, barato e menos complexo que o Corsa. Produzido na fábrica de Gravataí no Rio Grande do Sul durante toda sua vida, o Celta foi sucesso de vendas entre 2000 e 2014.

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E por que a relação com o Onix? Assim como o sucesso absoluto de vendas dos dias de hoje, o Celta é um projeto 100% nacional – de componente gringo, apenas a plataforma GM4200 que havia sido desenvolvida pela Opel na Alemanha. Ele nasceu dos esboços do designer brasileiro Paulo Konno, que tomou a linguagem visual da marca europeia como base.

Durante seu desenvolvimento na segunda metade da década de 90, o projeto era conhecido internamente como “Blue Macaw” (Arara-azul), tamanha a importância do modelo ao nosso mercado. Como o Corsa batia de frente com Gol e Palio nas vendas, o Celta deveria rivalizar com o Fiat Mille que, à época, era o carro mais barato do Brasil.

Para reduzir os custos de produção e deixar o Celta mais competitivo, a GM eliminou diversos componentes na canetada. As versões básicas não contavam com conta-giros, direção hidráulica e ar-condicionado, por exemplo. Com as vendas sempre crescentes, o modelo foi ficando mais refinado com o passar do tempo.

Versões emblemáticas

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O Chevrolet Celta focava no baixo custo de manutenção e economia de combustível

Ao longo de sua vida, o Celta teve seis versões no Brasil, sendo que os modelos “Life” e “Spirit” foram os mais emplacados. O primeiro era o mais básico, e vinha com os parachoques pintados de preto, rodas de ferro de 13 polegadas e motor 1.0. Apesar da simplicidade, o “Life” ainda contava com barras de proteção contra impactos laterais nas portas. A versão intermediária “Spirit” disponbiilizava alguns componentes a mais, como parachoques pintados na cor do veículo, desembaçadores e o motor 1.4, do Corsa

Seu motor 1.0 GM Família I entregava 78 cv e 9,7 kgfm de torque com câmbio manual de cinco velocidades. Por conta do baixo peso (apenas 890 kg) e as relações curtas de marcha, era um compacto bem espertinho para o padrão dos veículos 1.0 de sua época. Os números de consumo também eram bons, aferindo até 12,7 km/l na estrada com gasolina.

O 1.4 da mesma família era um pouco mais potente, desenvolvendo 85 cv de potência e 11,8 kgfm de torque com câmbio manual de cinco marchas.

Uma história de sucesso

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Chevrolet Prisma, a versão de três volumes que surgiu no facelift de 2006

O Celta figurou por anos entre os veículos mais vendidos do Brasil, sempre acompanhado do irmão Corsa. Em 2006, veio o facelift que definiria a identidade até o fim de seus dias, além do lançamento da versão Maxx. Com fortes inspirações no Vectra, os faróis ficaram maiores e mais abaulados, assim como a grade frontal e o logo da Chevrolet ao centro. Na traseira, a placa que ficava no parachoque passou para a tampa do porta-malas.

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Por dentro, o Celta ganhou novo quadro de instrumentos e componentes de conforto; e a buzina que ficava na alavanca de seta finalmente foi para o volante. Foi neste facelift que conhecemos o Prisma, sua versão sedã que oito anos depois emprestaria o nome ao irmão de três volumes do Onix. Destaque para os 439 litros de capacidade do porta-malas.

Sobrevivendo ao tempo

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O painel do Chevrolet Celta foi atualizado com frequência ao longo dos anoz

O Celta acumulou dez anos de mercado e já começava a perder apelo em 2010. A Chevrolet passou a focar no desenvolvimento do Onix, mantendo o longevo hatch compacto como uma opção “pé-de-boi” para roubar vendas de Uno e Gol G4.

A obrigatoriedade de airbags e freios ABS para todos os veículos fabricados no Brasil prevista em 2009 passou a valer a partir de 1° de janeiro de 2014. Enquanto Fiat e Volkswagen tiravam Mille e o Gol G4 de linha, a GM se antecipou, instalando os componentes de segurança no Celta ainda em 2013. Mesmo após 13 anos nas lojas sem muitas mudanças, o hatch compacto ainda era visto com importância pela Chevrolet.

O fim de uma lenda

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O Celta ficou marcado como um dos veículos mais vendidos da General Motors no Brasil

O encerramento da produção do Celta em Gravataí foi uma cartada para que o Onix pudesse assumir a liderança. Ele foi descontinuado em abril de 2014, mas continuou no estoque de algumas concessionárias até meados do fim daquele ano. Em 2016, a Chevrolet apresentou o Onix Joy como substituto definitivo do compacto de entrada.

Com duas versões do Onix no mercado, a GM logo abocanhou uma grande parcela do segmento dos hatches compactos. Além de assumir a liderança absoluta, o modelo chegou a vender mais que o dobro do segundo colocado – que costumava alternar entre Ford Ka e Hyundai HB20. Em 2019, a Chevrolet optou por manter a antiga geração de Onix e Prisma em linha como Joy.

Legado

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Reprodução/Celta Clube

Com encontros mensais, o Celta Clube é um dos grupos de entusiastas mais organizados do Brasil

Entre 2000 e 2014, a GM emplacou mais de 1,7 milhões unidades do Celta. Toda essa badalação acarretou na conquista de centenas de milhares de fãs espalhados por todo o Brasil. Com quase 80 mil curtidas no Facebook, o Celta Clube é um bom exemplo.

O clube realiza encontros de aficcionados pela história do hatch compacto, contando até adesivo personalizado para os afiliados. No Instagram, é possível encontrar células do Celta Clube em praticamente todos os estados brasileiros. A legião de fãs do carro chamou atenção da General Motors do Brasil, que reconheceu o clube oficialmente.

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O Celta deixou de ser produzido há seis anos, mas sobrevive no mercado de seminovos e no coração de todos os brasileiros que já tiveram um.

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