O Focus RS não está, ainda, seguro, mas os engenheiros da Ford Performance querem fazer uma mecânica híbrida que “enxaixe” no novo limite de emissões de CO2.
Este desafio, pelo visto, ainda não tem uma solução e a Ford está á espera que os engenheiros encontrem a solução para uma motorização que cumpra os limites de CO2. Uma das soluções foi pegar na tecnologia de 48 volts e fazer um “mild hybrid”, mas rapidamente perceberam que isso não seria suficiente e que o caminho a seguir será um híbrido, não deixando de fora um PHEV. O carro terá de ficar pelas 100 gr/km para cumprir os limites europeus, pelo que antes de 2022 ou mesmo 2023, termos um Focus RS.
Os engenheiros da Ford Performance estão a trabalhar com um bloco de 2.5 litros a gasolina com hibridização completa e que está disponível no novo Kuga. Este é um motor com ciclo Atkinson a debitar 225 cv e está ligado a uma caixa CVT.
Ora, o Focus RS terá que exibir tração integral e uma potência acima dos 400 CV (o último Focus RS tinha 350 CV extraídos do bloco 2.3 litros Ecoboost), pois os rivais estão nesse patamar. Ou seja, precisaria de ter muita força elétrica para chegar àqueles valores.
Outra questão importante é saber se o carro com tração integral e uma caixa de velocidades orientada para a competição, consegue ter um plano económico que faça sentido. O modo Droft do anterior modelo, será possível? E os diferenciais GKN – essenciais na capacidade em curva do Focus RS – podem ser usados sem explodir o custo final do carro? Integrar tudo isto mais uma dispendiosa motorização híbrida, poderá arruinar o projeto de nova versão RS do Focus.
A Ford poderá reduzir custos se o carro não passar por todas as orientações do programa “One Ford” como sucedeu com o anterior modelo, que esteve quase a ser cancelado devido aos problemas que foram tendo de ser resolvidos e que estavam a aumentar o custo final. Raj Nair, na altura o responsável pela engenharia na Ford Performance, se “atravessou” e assumiu que o Focus RS tinha de sai do programa “One Ford” para que o custo não disparasse.
Como Alan Mulally já não está na Ford, acabou-se o “One Ford” e a Ford Europa já tem capacidade para fazer carros apenas para o Velho Continente, como por exemplo o novo Ford Puma. Veremos, então, se os engenheiros da Ford Performance conseguem resolver a quadratura do circulo.
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