Mercedes-Benz GLE 350 de (Foto: Divulgação)

Mild Hybrid. Elétrico. Híbrido plug-in. Enquanto as marcas discutem o futuro da mobilidade, a Mercedes-Benz optou não privilegiar uma alternativa e, sim, atacar todas as frentes.

Depois dos híbridos leves, como o C200 EQ Boost e do EQCmodelo 100% movido por baterias (Autoesporte, inclusive, já testou o carro na Europa), a marca alemã aposta nos híbridos plug-in. São carros dotados de dois motores (combustão e elétrico) que trabalham em conjunto e ainda podem ser recarregados em uma tomada convencional.

É o caso do novíssimo GLE 350 de 4Matic. Só que a marca alemã resolveu fazer diferente. Em vez do “normal” (associar um motor a gasolina a outra elétrico), o SUV se vale do quatro cilindros 2.0 diesel que fornece 198 cv e 40,8 kgfm aliado a uma unidade elétrica que produz mais 138 cv e 44,8 kgfm. Combinada, a potência chega a 324 cv e robustos 71,4 kgfm de torque.

Mercedes-Benz GLE 350 de (Foto: Divulgação)

Com a transmissão automática de nove marchas e tração integral, o Mercedes acelera de zero a 100 km/h em 6,8 segundos. A velocidade máxima varia: 160 km/h no modo totalmente elétrico e 210 km/h com os dois motores funcionando ao mesmo tempo.

Porém, nenhum desses números importa,. O que mais chama a atenção é o consumo de combustível. O SUV de quase 2,5 toneladas tem a impressionante média de 109,2 km/l.

O cálculo, claro, combina os 106 quilômetros que o modelo pode rodar usando somente a eletricidade com a autonomia gigante que os 85 litros de capacidade do tanque de diesel conseguem fornecer. Além disso, a tecnologia híbrida diminui consideravelmente a emissão de poluentes do motor diesel – um dos contrassensos deste powertrain.

Mercedes-Benz GLE 350 de (Foto: Divulgação)

Andar com o GLE nas largas ruas alemãs é muito fácil. O contato foi breve, mas deu para perceber que o modelo é sereno. Ao apertar o botão de partida a sensação é de estar em um carro elétrico. Não há nenhum ruído e somente as telas digitais do painel de instrumentos e da central MBUX acendem.

Com o câmbio na posição D e em baixas velocidades, o motor elétrico dá as cartas. Aliás, é bem difícil precisar acionar o 2.0 turbodiesel. Com o pé leve, dá para alcançar os 160 km/h sem gastar uma gota de combustível.

O torque instântaneo não faz milagre, mas consegue movimentar os rechonchudos 2.580 kg do GLE com certa destreza. O ponteiro virtual do velocímetro sobe de forma bem gradativa. Mesmo assim, 6,8 segundos de zero a 100 km/h é uma excelente marca levando em consideração a proposta e, claro, o peso. 

Mercedes-Benz GLE 350 de (Foto: Divulgação)

Acionar o motor turbodiesel é uma tarefa difícil, é preciso abusar do acelerador, porém mesmo assim o funcionamento é comedido e sem aquela trepidação inerente. A transmissão automática enfileira a marchas sem você perceber.

Outro fator interessante é que, assim que você alivia o pedal da direita, o GLE começa a frear de uma forma mais incisiva — é o freio-motor aproveitando o máximo a energia para recarregar as baterias e dar uma maior autonomia para as baterias. O grau dessa regeneração pode ser ajustado na central multimídia. 

A versão híbrida só carrega cinco pessoas — as variantes convencionais tem opção de sete lugares. O motivo é a instalação do pack de baterias abaixo do assoalho traseiro, o que impede a adição da terceira fileira. Os 2,99 metros de entre-eixos (8 cm a mais que geração anterior), por sua vez, garantem um belo espaço para quem vai no banco traseiro.

Mercedes-Benz GLE 350 de (Foto: Divulgação)

O espaço para as pernas na segunda fila aumentou 6,9 centímetros — agora tem 1,04 metro. Outra novidade: os bancos da segunda fileira tem ajustes elétricos em seis posições. Os ocupantes ainda são tratados de forma carinhosa com a suspensão ajustada para o máximo conforto. 

O acabamento é estilo Mercedes. A faixa horizontal no painel tem acabamento em aço escovado, mas pode ter imitação de madeira. As quatro saídas de ar logo abaixo do multimídia MBUX não são interessantes visualmente. De resto, há forrações de couro e outros materiais que exalam a qualidade esperada de um modelo da marca.

A nova geração do GLE está confirmada para desembarcar no Brasil ainda em 2019. A versão híbrida, no entanto, não deve estar entre as oferecidas. Apesar da ofensiva de híbridos na matriz (lá fora existem o Classe A, Classe A Sedan, Classe B e GLC híbridos), a subsidiária brasileira ainda não tem planos ou datas para a chegadas destes modelos.



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