Volta e meia vemos nas redes sociais o pessoal encaminhando imagens comparando a evolução do tamanho e do peso do carro de Fórmula 1 ao longo dos anos. Realmente, chama a atenção como tudo mudou em 70 anos. Mas o que mais impressiona é o crescimento nos últimos tempos.

Para ter uma ideia, eis a evolução do peso mínimo ao longo dos anos. Lembrando que, até 1960, não havia previsão nos regulamentos técnicos:

No gráfico, podemos perceber que os ajustes maiores se deram em momentos de mudança relevante técnica do regulamento. Em 66, a implantação dos motores 3 litros; 1989, a volta dos aspirados; 95, as modificações referentes a segurança; em 2014, a implantação do sistema híbrido; em 2018, a inclusão do Halo. E para 2022, o novo regulamento técnico. Podemos dizer que o peso aumentou em mais de 65% em relação ao número inicial. E será pior com as novas regras.

Mas podemos colocar a “culpa” em dois pontos principais: segurança e evolução técnica. Estes aspectos também impactaram nos carros de passeio (veja um carro de 30 anos atrás e compare com os atuais…)

O aumento das estruturas de segurança ao longo dos anos acabou levando a um acréscimo de peso: introdução e reforço de estruturas deformáveis, sistemas de extintores, tanques de gasolina reforçados, chassis cada vez mais resistentes e por último, o halo, para a proteção maior da cabeça do piloto.

Pelo aspecto técnico, podemos enumerar: tanques de combustíveis maiores e maiores necessidades de refrigeração na busca de maior potência. Na última década, tivemos a inclusão do sistema híbrido, o que acarretou um aumento, não só de peso, como de espaço ocupado pelos sistemas de recuperação de energia e as baterias (o KERS foi só o começo em 2009). Posteriormente, houve o aumento da largura dos carros em 2017.

As necessidades foram aumentando e para caber tudo que se exigia, os carros foram aumentando de tamanho. Por isso, temos dois pontos que foram impactados meio que por tabela: ajudar na distribuição de peso (que é fixa pelo regulamento desde 2011) e na aerodinâmica.

Um dos aspectos que a aerodinâmica funciona neste ponto é compensar a perda de carga aerodinâmica ao longo dos anos (redução de velocidade em curva, aumento da segurança…). Para recuperar parte da carga e manter o centro de gravidade relativamente baixo, se aumenta a área de contato para gerar mais pressão (por conta do aumento do entre-eixos), sob pena de um possível aumento de arrasto aerodinâmico. Aí aumenta a aparição de desviadores de fluxo, aletas…o ar fica mais sujo e mais difícil é a ultrapassagem.

O resultado disso tudo é que hoje um carro de Fórmula 1 tem o tamanho de um automóvel de porte grande (é cerca de 30 cm maior do que um Toyota Corolla) e os pilotos reclamam que é cada vez mais difícil de pilotar por conta do peso, que é agravado também pelos pneus e rodas (que ficarão mais pesados dentro do novo regulamento por conta da padronização exigida).

O novo regulamento tenta dar algum limite: até a distância entre eixos foi limitada em 3,60m e se espera que os carros sejam cerca de 10 a 15cm menores do que os atuais. Mas para voltar ao tínhamos na década passada pelo menos, muito do que se alcançou em termos de segurança teria que ser revisto. Além da retirada do sistema de recuperação de energia e suas baterias…

Não existe almoço grátis. Este é um dos efeitos colaterais da evolução…

 

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