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A Toyota, o maior construtor automóvel do mundo, apresentou a sua nova arma para disputar o segmento C: um SUV que ganha força só por envergar a “marca” Corolla. Embalado pelos mais de 50 milhões de Corolla que foram comercializados a nível global desde o lançamento deste modelo, em 1966, e procurando conquistar os clientes que preferem um veículo de aspecto mais volumoso e aventureiro, ainda que mais pesado e menos ágil dinamicamente, a Toyota revelou o novo Corolla Cross. É o 4.º elemento da bem-sucedida gama e, por isso mesmo, não é poupado em termos de expectativas – o construtor nipónico conta com ele para concretizar “a ambição da marca de chegar às 400.000 vendas anuais, correspondendo a uma quota de 9% no segmento de mercado mais competitivo na Europa até 2025”.

Assente na mais recente actualização da plataforma GA-C, derivada da TNGA (Toyota New Global Architecture), o Corolla Cross posiciona-se entre o C-HR e o RAV4, ao reclamar 4,460 m de comprimento, 1,825 m de largura, 1,620 m de altura e 2,640 m de distância entre eixos. Medidas que o deixam mais próximo do RAV4 em altura (1,685 m) e do CH-R em comprimento (4,390 m) e na distância entre eixos, que é idêntica.

O novo Corolla pretende acirrar a disputa no já de si animado segmento C-SUV, para o que esgrime como trunfo aquilo que a Toyota diz ser a 5.ª geração do seu sistema híbrido, o que se traduzirá por “mais binário, mais potência eléctrica, maior eficiência e um maior prazer de condução”. No coração do sistema está um motor a gasolina de 2,0 litros que, mediante a escolha do comprador, pode ser associado a um ou a dois motores eléctricos. No primeiro caso, com tracção dianteira e 146 kW/197 cv de potência, versão que anuncia 0 a 100 km/h em 8,1 segundos. O sprint é cumprido exactamente no mesmo tempo pela versão com tracção inteligente às quatro rodas (AWD-i), graças ao segundo motor eléctrico que é montado no eixo traseiro e que entrega 30,6 kW/42 cv sempre que as condições de aderência do piso requerem mais tracção.


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De acordo com a Toyota, esta 5.ª geração do seu sistema híbrido beneficia de um incremento da potência na ordem dos 8%, a que se juntam acumuladores 40% mais leves (de iões de lítio ao invés de hidreto de metal de níquel) e uma caixa redesenhada com novos sistemas de lubrificação e distribuição do óleo de baixa viscosidade, para reduzir as perdas por atrito e, assim, incrementar a eficiência.

O novo SUV que, dependendo dos mercados, começará a ser comercializado no derradeiro trimestre o próximo ano, usufrui ainda de um cockpit digital de 12,3 polegadas diante do condutor, o maior do segmento e configurável para exibir as informações que mais interessam a quem assume o volante. Já o ecrã central, de 10,5 polegadas, beneficia de um processador mais rápido, sendo compatível com Apple CarPlay (sem fios) e Android Auto (com cabo). Recebe actualizações over-the-air e um conjunto de funcionalidades que podem ser accionadas remotamente através da app MyT, da programação do ar condicionado ao fecho das portas.

Em termos de segurança, o destaque vai para um conjunto de funcionalidades a que a marca chama T-Mate. Aqui ao lado, em Espanha, vai passar a ser designado por TeamMate, para evitar mal-entendidos… Entenda-se que os assistentes à condução anunciados pela Toyota não constituem em si uma novidade no mercado, mas evoluem ganhando novas funcionalidades ou incorporando melhorias, como acontece com o cruise control adaptativo e com o sistema de reconhecimento de sinais de trânsito, por exemplo. Já o sistema de pré-colisão “oferece, pela primeira vez, supressão de aceleração a baixa velocidade, assistência inteligente em cruzamentos, bem como detecção de veículos em aproximação e assistência ao virar em cruzamentos”. A tudo isto há que juntar a inclusão de um novo airbag central à frente, para evitar que os ocupantes dos bancos dianteiros choquem uns com os outros em caso de embate lateral.



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