O mercado brasileiro de automóveis enfrenta um dilema em relação à tendência mundial da eletrificação veicular. Com a Ford e a Mercedes-Benz fechando suas fábricas no Brasil, a General Motors (GM) pode seguir o mesmo caminho e deixar de produzir carros no país. A matriz da GM já declarou que pretende passar diretamente do motor a combustão para o elétrico globalmente, o que pode ser um impasse no Brasil, onde ainda existe uma demanda significativa por carros movidos a combustível.

Enquanto o carro elétrico é uma opção para um futuro distante, o híbrido pode ser uma solução viável no mercado brasileiro. Projetado para queimar apenas álcool, o carro híbrido poderia ter emissão zero de poluentes. O motor flex ainda não é uma opção viável, uma vez que o consumo de gasolina é muito maior do que o de álcool.

No Brasil, a GM enfrenta um dilema em relação à sua estratégia global. Enquanto a empresa pretende passar diretamente do motor a combustão para o elétrico, a rentabilidade do mercado brasileiro é incerta. A presidente da GM, Mary Barra, já declarou que não investe em regiões de pouca rentabilidade para a empresa. O fechamento das portas da fábrica da Austrália (Holden) e a venda das subsidiárias europeias Opel e Vauxhall (para a Peugeot) são exemplos dessa política.

O carro elétrico é uma tendência global e, nos EUA, a GM já decretou o fim da produção de carros a combustível em 2035. No entanto, os pesados investimentos necessários para produzir elétricos podem ser um fator limitante para a filial brasileira. A fábrica da Jaguar Land Rover, que tem uma pequena linha de montagem em Itatiaia (RJ), também enfrenta um dilema semelhante. A linha Jaguar será toda elétrica a partir de 2025 e a Land Rover, em 2030. Se a marca não investir na fábrica de Itatiaia até lá para produzir ou montar um carro elétrico, é provável que a fábrica no Brasil seja fechada.

Em resumo, o mercado brasileiro de automóveis enfrenta desafios em relação à tendência global de eletrificação veicular. Enquanto o carro elétrico ainda é uma opção distante, o carro híbrido pode ser uma solução viável. A GM enfrenta um dilema em relação à sua estratégia global de passar diretamente do motor a combustão para o elétrico, tendo em vista a incerteza da rentabilidade do mercado brasileiro. A filial brasileira pode seguir os passos da Ford e se tornar uma importadora. A fábrica da Jaguar Land Rover no Brasil enfrenta um dilema semelhante.

Fonte: quais fábricas são ameaçadas por ele?

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