A F1 apresentou, nesta manhã de terça-feira (12), um grande projeto que pretende tornar o esporte verdadeiramente sustentável, dentro e fora das pistas, e livre de emissão de carbono até 2030. Em um mundo que pede cada vez mais atenção ao meio ambiente e em alerta por conta do aquecimento global, a F1, na sua condição de vanguarda do esporte a motor, se vê responsável por criar uma nova mentalidade capaz de abranger pilotos, equipes, os fãs do esporte e a indústria automobilística como um todo. Assim, a F1, com o que definiu como “uma estratégia para o futuro”, determinou bases para eliminar o consumo de plásticos até 2025 e, em 2030, zerar a emissão de carbono.

 

Em termos tecnológicos, a F1 deixa claro que não vai adotar uma nova geração de motores totalmente elétricos e vai manter a filosofia das unidades de potência híbridas, como vem sendo desde 2014, mas vai desenvolver tecnologias para que o ICE (motor de combustão interna) não emitam carbono.

 

Trata-se de uma iniciativa inovadora e que vem sendo alvo de estudos envolvendo a FIA, as equipes da F1, promotores, especialistas em sustentabilidade e até jornalistas ao longo dos últimos 12 meses. 

A emissão de carbono está com os dias contados na F1 (Foto: AFP)

 

A F1 se preocupa em ser mais sustentável também fora das pistas e trabalha para que inclusive as fábricas das equipes e fornecedoras do esporte possam operar exclusivamente com energia renovável. 

 

Até 2025, o projeto visa eliminar o uso dos plásticos, incentivando materiais que sejam reutilizáveis e recicláveis, além de incentivar os fãs que viajam para acompanhar a F1 ao redor do mundo a fazer uso de transportes ecológicos e sustentáveis, que também incentivem projetos como, por exemplo, o fim da emissão de carbono.

 

Chase Carey, chefão da F1, ressaltou a importância que o esporte deve ter, na sua condição de vanguarda tecnológica, ao liderar o projeto para entregar uma categoria mais sustentável e limpa, alinhada com as necessidades do mundo atual.

Chase Carey e Jean Todt lideram a iniciativa para o desenvolvimento de uma F1 mais sustentável (Foto: AFP)

“Ao longo de seus 70 anos de história, a F1 foi pioneira em numerosas tecnologias e inovações que contribuíram positivamente à sociedade e ajudaram a combater as emissões de carbono. Desde a aerodinâmica inovadora ao design dos freios, o progresso liderado pelas equipes da F1 beneficiou a centenas de milhões de carros de passeio. Poucas pessoas sabem que as unidades de potência híbrida da F1 atual é a mais eficiente do mundo, já que oferece mais potência com menos combustível e, portanto, CO2, que qualquer outro carro”, explicou.

 

“Acreditamos que a F1 pode seguir sendo uma líder para a indústria automotiva, trabalhando com o setor para oferecer o primeiro motor de combustão interna híbrido que reduza enormemente as emissões de carbono. Ao lançar a primeira estratégia de sustentabilidade da F1, reconhecemos o papel fundamental que todas as organizações devem desempenhar para abordar este problema global”, disse Carey.

 

“Ao aproveitar o imenso talento, a paixão e o impulso pela inovação de todos os membros da comunidade, esperamos ter um impacto positivo significativo no meio ambiente e nas comunidades em que operamos. O que está sendo colocado em curso a partir de hoje vai reduzir nossa emissão de carbono e garantirá que seremos ‘carbono zero’ para 2030”, completou.

 

Jean Todt, presidente da FIA e grande entusiasta de tecnologias verdes e sustentáveis, se mostrou bastante feliz com a iniciativa da F1 e comprometido em garantir um esporte a motor mais ecológico e sustentável.

 

“Nosso compromisso com a proteção ambiental é crucial. A FIA dá as boas-vindas a esta iniciativa da F1. Não somente é muito alentadora para o futuro do automobilismo, mas também pode ter grandes benefícios para a sociedade em geral. Esta estratégia está alinhada com as ideias iniciadas há alguns anos pela FIA com a criação do Programa de Certificação Ambiental, mais recentemente com a Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da FIA, e pesquisas sobre combustíveis renováveis para corridas”, comentou.

 

“Além disso, em 2014 apresentamos a unidade de potência híbrida na F1, que foi essencial para o desenvolvimento da categoria rainha dos esportes a motor. Esta mesma razão foi o que nos levou a manter esta filosofia no marco dos regulamentos da F1 que vão ser aplicáveis a partir de 2021. Com a participação das equipes, os pilotos, as várias partes interessadas na F1 e, fundamentalmente, os milhões de fãs ao redor do mundo, a FIA e a F1 estão comprometidas a impulsionar o desenvolvimento e garantir que o automobilismo cresça como laboratório para inovações benéficas para o meio ambiente”, concluiu.

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