A eletrificação do automóvel é uma tendência mundial, e por razões óbvias: o motor elétrico é muito mais eficiente do que qualquer motor a combustão, não emite poluentes e sua “combustível” pode vir de fontes renováveis. Além disso, ele não exige manutenção, o que reduz significativamente os custos operacionais.

No Brasil, o carro elétrico é ainda mais adequado, pois sua recarga é feita basicamente a partir de fontes limpas, como usinas hidrelétricas, eólicas e fotovoltaicas. No entanto, ainda há obstáculos significativos para a adoção em massa do carro elétrico no país.

Um dos principais desafios é o custo elevado do carro elétrico, que ainda é inacessível para a maioria da população. Além disso, a autonomia ainda é limitada, o que torna inviável para muitos motoristas terem somente um carro elétrico em casa. A infraestrutura de recarga ainda é incipiente e a adesão ao carro elétrico é baixa.

Diante desses desafios, uma alternativa interessante é o carro híbrido. Ele é mais acessível do que o carro elétrico puro, possui uma autonomia adequada para o dia a dia e é mais eficiente em termos de consumo. Adotar o etanol como combustível também é uma opção válida, já que suas emissões são mais baixas do que a gasolina e diesel.

No entanto, ainda existe um medo entre os motoristas em relação ao etanol, devido à instabilidade nos preços e volumes do combustível. Isso criou uma desconfiança em relação ao álcool, e muitos optam pelo uso da gasolina mesmo em carros flex, aumentando as emissões de CO2 no país.

O governo poderia combater essa desconfiança e incentivar a adoção do etanol através de mecanismos regulatórios que estabilizem os preços e volumes do combustível durante o ano, devolvendo a confiança dos motoristas.

No mercado automotivo, algumas fábricas já investiram em híbridos, enquanto outras optaram por pular direto do combustível fóssil para o elétrico. Independentemente da escolha das montadoras, a eletrificação do carro é inevitável e será uma tendência mundial nos próximos anos. O desafio é encontrar as soluções mais adequadas para cada país e região.

Fonte: O paradoxo do carro elétrico no Brasil

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