A entidade acrescenta que, pela primeira vez, os elétricos alcançaram 1% das vendas totais de veículos no mercado brasileiro, confirmando o melhor ano da série histórica iniciada em 2012 pelo órgão.

Mesmo com esse crescimento, os veículos elétricos ainda são motivo de muitas dúvidas a respeito de seu funcionamento. Por isso, respondemos abaixo os 12 questionamentos mais comuns sobre os carros movidos a eletricidade.

1 – Qual a diferença entre um carro elétrico e um híbrido?

O carro elétrico, como o nome já diz, é movido apenas por eletricidade. Ele pode ter um ou mais motores, que dependem da energia armazenada em baterias, geralmente de íons de lítio, para funcionar. Já o híbrido combina um propulsor elétrico e outro a combustão. 

Esse tipo de carro possui uma central eletrônica que gerencia qual dos motores traciona as rodas. Dependendo da condição de uso, o híbrido pode rodar apenas com eletricidade, para economizar combustível, apenas com o propulsor térmico, em prol do desempenho, ou com uma combinação de ambos. 

Quando a carga da bateria está baixa em um veículo híbrido, o motor a combustão é ligado para funcionar como gerador, energizando novamente as baterias.

2 – Por que os carros elétricos são mais caros que os modelos a combustão?

Os carros elétricos são dotados de tecnologias recentes, que demandam complexos processos de desenvolvimento. As baterias, em especial, ainda possuem um custo muito elevado.

Com o avanço dos recursos e os ganhos de escala com o aumento da produção nos últimos anos, aos poucos, os elétricos vêm se aproximando dos preços dos carros a combustão.

3 – A manutenção do carro elétrico é mais cara?

Embora sejam mais caros, os carros elétricos são mais baratos de manter ao longo da vida útil, uma vez que eles possuem menos peças e não necessitam de componentes que são essenciais aos modelos a combustão, como embreagem, velas de ignição, óleo lubrificante e fluido de arrefecimento do motor.

Por exemplo: as revisões até 60 mil km do JAC T40 Plus 1.6 CVT (R$ 94.490) custam R$ 5.740. O mesmo plano de manutenção da variante elétrica do SUV, a iEV40 (R$ 225.900), sai por R$ 739,40.

4 – Carro elétrico pode dar choque?

Não. Os carros elétricos são desenvolvidos para não oferecer risco aos seus usuários, da mesma forma que o projeto de um veículo a combustão atual é criado de modo a minimizar qualquer chance de incêndio. 

A estrutura desses veículos é construída de forma que as baterias e os componentes elétricos fiquem isolados. Além disso, um dispositivo corta a corrente elétrica em caso de acidente ou pane.

5 – Carro elétrico pode ir ao lava-rápido ou tomar chuva?

Claro. Assim como nos carros a combustão, a parte externa dos elétricos pode ter contato com a água. A cabine, o motor, as baterias e os sistemas elétricos são totalmente selados, permitindo que o veículo seja utilizado e lavado normalmente.

6 – Posso recarregar o carro elétrico na tomada de casa?

Governos e fabricantes estão cada vez mais empenhados em popularizá-lo, mas para muitos consumidores a tecnologia ainda é uma realidade distante

Sim. A maioria dos elétricos é vendida com carregadores próprios, que podem ser instalados na rede doméstica. O aparelho “abastece” o veículo de maneira segura, conforme os parâmetros definidos pelo fabricante do veículo. 

No caso das tomadas convencionais, que precisam ser de 220 volts e aterradas, a recarga é mais demorada, podendo levar entre oito e dez horas para completar a carga da bateria. Em carregadores rápidos, já é possível recuperar 80% da carga em aproximadamente meia hora.

7 – O que é regeneração de energia?

Os elétricos são capazes de recuperar parte da carga das baterias por meio de um sistema que aproveita o “embalo” do carro nas desacelerações para gerar energia com o movimento das rodas, que acionam um gerador. 

Resumidamente, podemos dizer que o motor deixa de consumir para gerar eletricidade quando o motorista tira o pé do acelerador, acionando o chamado freio regenerativo.

8 – O que fazer se acabar a carga da bateria?

O mesmo que se deve fazer quando um carro a combustão fica sem gasolina: empurrá-lo para um local seguro e sinalizado com o triângulo de segurança. Para isso, é necessário destravar a transmissão (deixando-a em N ou Neutro) para liberar o movimento das rodas. O manual do proprietário orienta esse processo de acordo com cada modelo. Depois disso, o motorista deve chamar socorro para rebocar ou recarregar o veículo.

9 – Ar-condicionado, luzes e rádio descarregam a bateria?

O consumo é mínimo, uma vez que a bateria de 12 volts que fornece energia aos equipamentos eletrônicos é alimentada pela bateria principal do veículo. Em carros elétricos mais modernos, a autonomia das baterias vem ficando cada vez mais próxima à autonomia de um veículo convencional a combustão.

10 – A bateria fica viciada?

Governos e fabricantes estão cada vez mais empenhados em popularizá-lo, mas para muitos consumidores a tecnologia ainda é uma realidade distante

Não. As baterias dos carros elétricos compõem diversos módulos, que se compensam quando um deles apresenta algum defeito ou ineficiência. Dessa forma, o sistema equilibra a carga para não prejudicar o funcionamento do veículo.

11 – É possível fazer uma “chupeta” para recarregar um carro elétrico?

Não. O procedimento usado para recarregar a bateria de 12 volts dos carros a combustão não é capaz de fornecer energia suficiente para abastecer a bateria principal de um veículo elétrico. Só o carregamento em tomada doméstica de 220 Volts ou estação de recarga rápida resolvem o problema.

12 – Os carros elétricos são mais eficientes que os a combustão?

No geral, sim. Um carro elétrico consome por volta de 20 kWh para percorrer 100 km, enquanto um modelo a combustão precisa de 10 litros de gasolina, em média, para rodar a mesma distância. 

Considerando o valor do kWh (R$ 0,32) e o preço médio da gasolina (R$ 5,00) na cidade de São Paulo (março de 2021), uma viagem de 100 km com um carro elétrico teria um custo de R$ 6,40, contra R$ 50,00 do veículo a gasolina.

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