A Honda apresentou o novo Accord híbrido, que será o primeiro veículo da marca com esse tipo de tecnologia em nosso mercado. Combinando um motor a combustão com outros dois, elétricos, o modelo promete economia, baixas emissões e prazer de dirigir em um só pacote. 

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Embora até traga algumas novidades visuais e em termos de recursos de conforto e de segurança em relação ao lançamento desta geração, em 2018, a grande novidade por trás desse Accord é uma tecnologia chamada e:HEV, criada pela Honda, e que torna seus modelos híbridos um pouco diferentes dos que mais vemos por aí.  

Como em muitos outros, existem três tipos de funcionamento, dependendo da situação. São eles o  EV Drive (puramente elétrico), Hybrid Drive (híbrido) e Engine Drive (somente com combustível), alternados de forma automática pelo sistema, com foco na eficiência. 

Mas, em vez da simples combinação entre um propulsor elétrico e outro a combustão, há dois motores elétricos e um a gasolina. Um desses propulsores elétricos oferece 184cv de potência  e 32,1 kgfm de torque e é dedicado a fazer o carro andar.  

O segundo – e pequeno – motor a eletricidade funciona como um gerador de energia para o pacote de baterias. Ele é movido pelo “colega” a combustível. Ou seja, o Accord é um híbrido que não pode ter suas baterias recarregadas em tomadas (como os chamados “plug-ins”), mas apenas por seu próprio sistema de alimentação. 

Motor com ciclo Atkinson 

Com 2.0 litros, o motor a combustão funciona com o ciclo Atkinson – os motores a explosão mais comuns usam o chamado ciclo Otto. Sem entrar no nerdês mecânico, por algumas pequenas diferenças nos tempos do que acontece dentro dos cilindros, o Atkinson é considerado mais eficiente (econômico e menos poluente) que o Otto. 

Por isso, aliás, passou a ser adotado em vários carros híbridos – como os da também nipônica Toyota, por exemplo. Mas, por outro lado, esse tipo de motor é, também, comparativamente menos potente. Daí que o 2.0 Atkinson desse Accord oferece “apenas” 145cv de potência e 17,8 kgfm de torque – relativamente pouco para um dois litros de hoje em dia. 

A principal diferença de tudo isso em relação aos carros híbridos mais comuns é que, em vez de o motor elétrico funcionar como uma espécie de auxiliar ou complementar do colega a combustível, ambos têm papéis, digamos, protagonistas, na condução do veículo. 

Como é bastante potente, o motor elétrico é capaz de levar o carro com rapidez e agilidade no trânsito urbano e até em vias expressas, sem a necessidade de um empurrãozinho de combustível. 

Já o propulsor a explosão geralmente entra em ação em situações em que funciona de maneira mais eficiente, como, por exemplo em estradas com velocidades constantes e mais altas. É justamente nesse tipo de condição que elétricos mais consomem bateria – e, por isso, sofrem com a autonomia. 

Como já mencionamos, o motor a gasolina também entra em ação para mover o pequeno gerador e carregar as baterias. E, além disso, em situações em que é preciso usar toda a força disponível (como em ladeiras muito íngremes, por exemplo), eletricidade e combustível trabalham juntas. 

O resultado dessa combinação toda, segundo a Honda, é uma média de consumo invejável e praticamente igual para cidade ou estrada, aferida pelo Inmetro, e pouco superior aos 17 km/litro. Influi nessa conta, claro o estilo do motorista – que também tem, no console, as opções Sport e ECON (nomes autoexplicativos) a seu dispor. 

Detalhes estéticos também destacam versão 

As novidades do novo Accord, no entanto, não se limitam ao sistema de propulsão híbrida. 

No visual, ele traz uma dianteira modificada, com destaque para nova grade (com o logo da marca com contorno azul) e para-choque – que traz faróis de neblina de LED.  

As rodas de 17 polegadas têm também novo desenho e acabamento escurecido. Atrás, a parte de baixo do para-choque mudou e, para destacar a nova versão, o logo e:HEV é destacado. A logomarca com acabamento em azul (dos híbridos da linha) também aparece ali.  

Por dentro, o sedã traz um bom pacote de equipamentos de conectividade, conforto e conveniência, para poder brigar no segmento de luxo. A multimídia “fala” a língua Apple e Android, há tomadas USB também para os passageiros de trás e o painel de instrumentos tem novo design gráfico, incorporando funções próprias da versão híbrida. 

Baterias não roubam espaço 

Outra solução engenhosa do carro é a localização de suas baterias – algo que costuma roubar espaço para bagagens em carros que, como esse híbrido, são derivados de modelos “comuns”. Por usar um conjunto de baterias e um controlador de energia menores, a Honda consegui manter nesta versão exatamente o mesmo espaço interno dos outros Accord, inclusive os 574 litros no porta-malas. 

Tecnologia também para segurança 

O Accord também é o primeiro modelo da Honda a trazer para o nosso mercado alguns novos recursos do sistema de segurança da marca, o SENSING. Em manobras em velocidades mais baixas, ele é capaz de frear “sozinho” o carro na iminência de uma colisão.  

O controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e a assistência de manutenção de faixa (LKAS) ganharam mais precisão e ficou, segundo a fábrica, ficaram mais intuitivos.  

Além disso, a lista de letrinhas relacionadas ao apoio inteligente ao motorista inclui o LSF (para manter a distância do carro da frente), CMBS e FCW (recursos para evitar e/ou diminuir o efeito de colisões) RDM com LDW (que diminui os riscos ao sair involuntariamente da pista). 

E ainda o VSA (assistente de estabilidade), controle de tração, freios ABS com reforço automático de frenagem, TPMS (monitoramento dos pneus) e oito air-bags.  

Mais elétrons no curto prazo 

O Accord é o primeiro dos três modelos híbridos que a Honda tem intenção de trazer para o Brasil até 2023. Globalmente, o plano da empresa é chegar a 2030 com pelo menos 2/3 de suas vendas baseadas em modelos eletrificados, com a total neutralidade em relação ao carbono prevista para 2050. 

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