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28/08/2020
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20h49
Dia final da jornada on-line trouxe aos seus 4 mil inscritos visões dos novos hábitos de consumo, do mercado de veículos e da mobilidade, de uma nova era tecnológica e digital
REDAÇÃO AB
O quinto e último dia da jornada digital ao vivo do #ABPlanOn trouxe aos 4 mil inscritos do evento a discussão “Next, O Médio Prazo do Setor Automotivo”, com reflexões valiosas para toda a cadeia de valor e uma visão de futuro otimista sobre os próximos anos. A conclusão é que a Covid-19 mudou muitos hábitos da sociedade que seguirão por muitos anos à frente, mesmo após a superação da pandemia.
Para ajudar a planejar esse futuro sob a cadência de um “novo normal”, Automotive Business desenhou o #ABPlanOn em formato 100% digital, em que além das mais de 15 horas de apresentações ao vivo divididas em todos os cinco dias da jornada, colocou à disposição dos participantes inscritos uma centena de documentos para download na plataforma do evento, que já soma mais de 90 mil acessos. Lá poderão ser baixados desde já e ao longo dos próximos dois meses artigos, vídeos, podcasts, e-books, infográficos e estudos preparados com exclusividade por consultores e 28 consultorias parceiras.
COMPORTAMENTOS DE USO E CONSUMO DE MOBILIDADE |
Alexandre de Saint-Léon, líder global para o setor automotivo e de mobilidade do Instituto Ipsos, abriu o quinto dia do #ABPlanOn com a apresentação de uma pesquisa internacional que apontou o novo comportamento do consumidor em relação às suas preocupações e escolhas de mobilidade. Segundo o levantamento, para 46% das pessoas entrevistadas (em 22 países) a maior preocupação no momento é com a Covid-19. Em função disso, a pandemia provocou uma transformação global de usos e costumes que, aliada a uma disrupção tecnológica muito radical, já mudou os hábitos de consumo de forma perene pelos próximos anos (veja aqui reportagem completa).
No Brasil, o cenário aponta para tendências em paradoxo: enquanto 31% das pessoas dizem ter reduzido seu interesse pela compra de um carro (novo ou usado), 39% indicaram que seu interesse em adquirir um veículo cresceu diante da pandemia.
“A boa notícia para o setor é que na crise da pandemia o interesse por veículos está crescendo. A situação será difícil, sem dúvida, mas significa que existem oportunidades nos próximos meses.” (Alexandre de Saint-Léon, Ipsos) |
O maior motivo impulsionador para quem ainda deseja comprar carro é justamente se proteger dos riscos de contaminação da Covid-19. Por outro lado, a principal razão para quem não tem intenção de comprar um carro ou postergar a aquisição é a situação financeira e econômica atual e o cenário de incertezas nessa área.
Pela primeira vez, a maioria das pessoas interessadas em comprar um carro estão dispostas a comprar via jornada 100% on-line. “Faz 10 anos que estamos esperando esse momento acontecer na indústria e ele está acontecendo hoje”, destacou Saint-Léon. “As empresas que conseguirem oferecer a melhor experiência digital vão se aproveitar das oportunidades”, concluiu.
Gil Giardelli, professor, escritor, inovador na @5era, roboticista AÍ, membro da WFF e da World Future S, fez mais uma de suas projeções futuristas no #ABPlan, abordando o tema ”Quais Tendências Foram Aceleradas com a Pandemia” . A apresentação sobre “A Sociedade 5.0 e o Futuro da Conexão Urbana” trouxe o viés de que é cada vez mais urgente “pensar fora da caixa” e apostar todos os esforços na inovação, vislumbrando novos negócios para o futuro disruptivo da mobilidade.
“Todos nós, independente da área de atuação, seja automotiva, engenharia ou administrativa, vamos ter de ter alfabetização tecnológica e humana de dados.” (Gil Giardelli) |
Giardelli elencou o roteiro dessa massificação tecnológica adiante: a inteligência artificial está cada vez mais presente em inúmeras aplicações de entendimento e leitura de dados para a resolução de problemáticas; o mundo híbrido (virtual e real) foi acelerado pela pandemia; a indústria automobilística e a de alta conexão estão se voltando para menos profissionais e mais automação.
Giardelli defendeu que o Brasil precisa de um choque para discutir o que será em 2030, “pensando em como vamos competir nessa aldeia global em meio a todas as tendências de tecnologias, como o green inovation, conceito novo baseado em tecnologias verdes que querem ajudar a combater as mudanças climáticas, no gap da justiça social e da desigualdade de renda, ou mesmo diante das cidades inteligentes, que já estão saindo do papel em alguns países (Japão, Emirados Árabes e China)”.
Para Giardelli, a “AI economy” (economia da inteligência artificial) vai reduzir os custos em 50% e triplicar a velocidade da indústria, gerando mais empregos com maiores salários. “Empresas que só moverem átomos e não moverem bits estão com problemas: existe hoje uma grande montadora que não tem um processo visando o carro autônomo e está com muita dificuldade para o futuro”, acentuou.
Para finalizar sua apresentação, Giardelli destacou uma frase lapidar do designer Tim Brown, da Ideo, que deve desenhar o pensamento dos gestores que pretendem fazer suas empresas sobreviverem à nova era da humanidade:
“Há um papel claro e real para a alta liderança, mas não é o de ter as ideias e sim de criar as condições para que elas existam.” (Tim Brown, Ideo) |
A VISÃO DE FUTURO DOS PRESIDENTES |
Para encerrar as apresentações ao vivo do #ABPlanOn, Marco Silva, CEO da Nissan Brasil e Aksel Krieger, CEO do Grupo BMW Brasil trouxeram sua visão sobre o futuro próximo – e ela é otimista (veja aqui reportagem completa).
“Vejo um 2021 melhor, com recuperação no mercado em geral e 2022 voltando ao patamar de vendas que foi 2019.” (Aksel Krieger, BMW Group) |
“O mercado em geral vai crescer, mas vai passar por uma reestruturação, a forma como vendemos vai mudar e isso pode impactar também nas vendas.” (Marco Silva, Nissan) |
Tags: #ABPlanOn, indústria, projeção, recuperação, futuro, Ipsos, Alexandre de Saint-Léon, @5era, Gil Giardelli, BMW, Aksel Krieger, Nissan, Marco Silva, pós pandemia, coronavírus, Covid-19.
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