Já foi o tempo em que carro era como coração de mãe, onde sempre cabe mais um. A lei não permite mais ocupantes do que o número de cintos de segurança e a conscientização disso é importante. Não tem jeito: se a família cresceu ou outra foi formada, o espaço se torna fundamental. Há ainda quem busque um veículo que transporte mais pessoas pensando no trabalho.

Entre os veículos novos, a opção mais em conta para quem precisa levar sete a bordo é o Chevrolet Spin. Na versão Premier, que substitui a LTZ, custa R$ 95.390 com câmbio manual e R$ 99.590 com transmissão automática. A aventureira Activ custa R$ 101.750 e é equipada apenas com câmbio automático. Ambas contam com o motor 1.8 litro de 8 válvulas, que desenvolve 106 cv com gasolina e 111 cv abastecido com etanol, sempre a 5.200 rpm. O torque máximo, obtido a 2.600 rpm, é de 16,8 kgfm com gasolina e de 17,7 kgfm com etanol.

Na última atualização geral do produto, feita há dois anos, a Chevrolet introduziu um sistema de trilhos na segunda fileira de bancos do monovolume. A peça pode ser movimentada 5 centímetros para frente e 6 cm para trás, no intuito de redistribuir melhor os espaços conforme a necessidade do usuário. Além disso, a parte traseira do encosto dos bancos do motorista e do carona foram redesenhadas para ampliar em mais 2,6 cm o vão até a segunda fileira de assentos. 

O sistema multimídia MyLink foi atualizado e é de série nessas duas versões. Já a linha 2021, que está chegando às concessionárias, ganhou controle de tração. O custo médio para cada uma das seis primeiras revisões do Spin é de R$ 511,34. As manutenções devem ser feitas a cada 10 mil quilômetros ou 12 meses.

O monovolume Spin, da Chevrolet, é o modelo de sete lugares mais acessível do país

O monovolume Spin, da Chevrolet, é o modelo de sete lugares mais acessível do país (Foto: Marina Silva/ CORREIO)

A central multimídia é de série nas versões que transportam sete pessoas

A central multimídia é de série nas versões que transportam sete pessoas (Foto: GM)

A segunda fileira de bancos é instaladas sobre trilhos e pode ser movimentada

A segunda fileira de bancos é instaladas sobre trilhos e pode ser movimentada (Foto: GM)

Na versão Activ (foto) o banco extra é opcional e na Premier é de série

Na versão Activ (foto) o banco extra é opcional e na Premier é de série (Foto: Marina Silva/ CORREIO)

A Fiat mantém em seu portfólio apenas uma configuração do Doblò, a Essence

A Fiat mantém em seu portfólio apenas uma configuração do Doblò, a Essence (Foto: Fiat)

As vantagens do Fiat são a grande área envidraçada e o teto alto

As vantagens do Fiat são a grande área envidraçada e o teto alto (Foto: Fiat)

O veículo é oferecido somente com transmissão manual e não tem central multimídia

O veículo é oferecido somente com transmissão manual e não tem central multimídia (Foto: Fiat)

Abaixo de R$ 100 mil, há apenas um outro modelo: o veterano Doblò. A Fiat, que já teve no portfólio várias opções do veículo, atualmente oferece apenas uma configuração, a Essence com motor 1.8 flex. Já na linha 2021, custa inicialmente R$ 98.290, mas não vem nem com rádio. O equipamento só é oferecido em um pacote chamado Evolution. Por R$ 4.150, a Fiat entrega o sistema de som, retrovisores externos elétricos, faróis de neblina, volante em couro com comandos do rádio, sensor de estacionamento traseiro e limpador vidro traseiro.

O motor 1.8 de 16 válvulas entrega 130 cv de potência com gasolina e 132 cv com etanol, sempre a 4.250 rpm. O pico de torque, que acontece a 4.500 giros, é de 18,4 kgfm com gasolina e de 18,9 kgfm com etanol.

Para as seis primeiras manutenções programadas, que obedecem ao mesmo intervalo do concorrente da Chevrolet, o custo médio é de R$ 734,67.

Acima dos R$ 100 mil

A partir daí os preços sobem bastante, mas há muitas opções se o orçamento não for problema. Na Mitsubishi a opção mais barata é o Outlander HPE com motor 2 litros a gasolina (160 cv). Essa versão custa R$ 165.990. Quem quiser mais potência para movimentar os passageiros tem a opção 3 litros V6 HPE-S (R$ 202.990), que rende 240 cv, e 2.2 turbodiesel HPE-S (R$ 233.990), que desenvolve 165 cv. 

Todas as versões do Mitsubishi Outlander oferecem espaço para sete (Foto: Murilo Matos/ Mitsubishi)

A marca japonesa tem ainda em seu catálogo o Pajero Sport, que também conta com espaço para sete pessoas. Na linha 2021, o SUV custa a partir de R$ 291.990. Nesse modelo, há um sistema que permite que o cliente conecte o seu smartphone ao veículo e, remotamente, execute diversas funções a distância. É possível abrir a tampa do porta-malas, verificar a abertura dos vidros, trancar as portas ou acender os faróis de LED.

O Pajero Sport é outra opção na fabricante japonesa (Foto: Mitsubishi)

No portfólio da Volkswagen, a única opção é o Tiguan Allspace. Com motor 1.4 turbo, que é flex e rende 150 cv, é oferecido por R$ 169.990 (Comfortline). A R-Line (R$ 206.550) tem um motor 2 litros a gasolina que entrega 220 cv. 

Quem vai ao volante conta com detector de fadiga, que avisa se o condutor está cansado, e um piloto automático adaptativo, que diminui automaticamente a velocidade caso o carro à frente esteja mais lento que o Tiguan. Após a ultrapassagem, ele retorna à velocidade pré-estabelecida. 

Na Europa, a VW já mostrou uma atualização para o Tiguan, mas ainda não há previsão para chegar ao Brasil. A filial brasileira importa o veículo do México.

Na linha Volkswagen a única opção é o Tiguan Allspace a partir da versão Comfortline (Foto: Antônio Meira Jr./ CORREIO)

Na Toyota, a única opção é o SW4, que parte de R$ 206.990, preço da versão SRV flex. Com esse motor bicombustível o utilitário rende até 163 cv. Com propulsor diesel, que oferece 177 cv, a empresa oferece mais duas opções: SRX (R$ 289.990) e Diamond (R$ 301.590). 

O SW4 é a resposta da Toyota para quem precisa transportar sete pessoas (Foto: Toyota)

É bom lembrar que a Toyota apresentou no final de junho na Tailândia uma atualização para esse veículo, que inclui um ajuste no motor diesel, que vai render 204 cv. É possível que chegue ainda neste ano ao Brasil.

A marca já revelou na Ásia uma atualização para o SUV, que é chamado de Fortuner (Foto: Toyota)

Na Peugeot, a possibilidade é com o 5008, que utiliza um motor 1.6 litro turbo que entrega 165 cv de potência. Nesse modelo, o motorista e o passageiro da frente contam com vários tipos de massagem no banco. Tudo é acionado eletricamente. Importado da Europa, custa R$ 221.590.

Na Peugeot apenas uma opção para essa proposta, o 5008 (Foto: Peugeot)

 A linha Discovery Sport, a mais em conta da Land Rover, oferece espaço para sete em todas as três versões, seja flex ou diesel. A opção mais barata é a configuração S com motor 2 litros bicombustível (250 cv), que custa R$ 251.950. A mais cara é a versão R-Dynamic SE, que tem motor diesel (180 cv) e saí por R$ 315.950.

Todos as configurações do Discovery Sport oferecem sete assentos (Foto: Land Rover)

Para quem quer um SUV maior, outra opção da marca britânica é o Discovery. Sempre equipado com motor diesel (258 cv) ele custa entre R$ 455.950 (SE) e R$ 555.950 (HSE Luxury). Nesse Land Rover o rebatimento da última fileira de bancos é feito ao toque de um botão.

Outra opção da fabricante britânica é o Discovery (Foto: Roberto Assunção/ Land Rover)

Todos os modelos da Land Rover são aptos ao off-road e contam com tração nas quatro rodas. Ou seja, ótima opção para quem quer desafiar as trilhas em família.

A coreana Hyundai também tem um sete lugares na linha, o Santa Fe. O modelo, que chegou renovado no final do ano passado ao Brasil, é oferecido em versão única por R$ 297.300.  O SUV de luxo é equipado com um motor 3.5 V6, que gera a potência de 280 cv a 6.300 rpm e torque máximo de 34,3 kgfm a 5 mil rpm. Ele é associado a uma transmissão automática de oito marchas.

A coreana Hyundai tem como opção o Santa Fe (Foto: Hyundai)

O Santa Fe vem de série com célula de sobrevivência, teto solar panorâmico e um sistema de som da Infinity, que possui sete alto falantes, dois tweeters, subwoofer e amplificador.

A terceira fileira de bancos fica embutida no porta-malas (Foto: Hyundai)

Entre as marcas premium alemãs, a Audi e a Mercedes-Benz possuem opções. A Audi conta com apenas uma versão do Q7, que utiliza um motor 3 litros V6 a diesel que entrega 258 cv. Custa R$ 419.990.

A Audi tem apenas uma opção para o transporte de sete, o Q7 (Foto: Eugeniusz Kowalski)

A Mercedes, por enquanto, tem apenas uma opção, o GLE com carroceria estilo SUV. São duas versões desse modelo com motorização diesel (330 cv), que custam a partir de R$ 578.900. A outra opção é uma configuração de alta performance, preparada pela AMG. O propulsor a gasolina entrega 435 cv de potência no GLE 53 4Matic. Custa R$ 681.900.

O GLE com carroceria SUV é a opção da Mercedes-Benz (Foto: Daimler)

Único híbrido

Seis das sete versões do Volvo XC90 possuem sete lugares, são duas opções diesel (235 cv), uma a gasolina (320 cv) e outras três híbridas (407 cv), que contam com um motor a gasolina associado a um propulsor elétrico que pode ser carregado na tomada.

A Volvo é a única fabricante que oferece um híbrido nessa categoria (Foto: Volvo Cars)

A opção mais barata saí por R$ 332.950, preço do T6 Momentum a gasolina. Essa mesma versão com motor diesel passa para R$ 378.950 e com o conjunto híbrido, para R$ 383.950. A opção mais completa da linha, T8 R-Design, custa R$ 444.950.

O XC90 oferece uma boa modularidade para os assentos (Foto: Volvo Cars)

Com o sistema híbrido, o XC90 faz 15,5 km/l na cidade e 17,4 km/l em estradas. Na cidade é possível rodar até 40 quilômetros no modo elétrico, o suficiente para um passeio urbano com a família, por exemplo.

Ampliando o conforto

A Kia oferece a única opção para oito pessoas entre os modelos de passeio, o Grand Carnival. O veículo não tem concorrentes no país depois que a Chrysler deixou de oferecer seus produtos por aqui. A fabricante americana até ensaiou a importação da Pacifica, que substituiu a Town & Country, mas não concretizou o plano.

A Grand Carnival, da Kia, é a única minivan de luxo do mercado nacional (Foto: Kia)

Por R$ 339.990, oferece bastante conforto e comodidade. As portas laterais têm abertura elétrica com comando na chave e portas. É possível abri-las eletricamente também por dentro, na frente e na segunda fileira.

O teto solar é bipartido, de abertura elétrica para ampliar a claridade interna. O porta-malas também possui acionamento remoto com sensor de aproximação e abertura com o pé, facilitando quando se está com compras na mão, por exemplo. Para fechar, basta acionar a chave, internamente ou com o próprio pé, além do botão na tampa.

Esse veículo pode levar até oito pessoas e conta com portas laterais elétricas (Foto: Kia)

O monovolume coreano tem 5,11 metros de comprimento, 1,98 m de largura, 1,75 m de altura e 3,06 m de entre eixos. Como comparação, um Toyota SW4 tem 4,49 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,84 m de altura e 2,74 m de entre eixos.

Ainda há espaço para bagagens atrás dos bancos desse modelo (Foto: Kia)

O veículo, que faz sucesso nos Estados Unidos (onde é chamado de Sedona), é equipado com motor 3.3 litros V6 a gasolina que fornece 270 cv de potência a 6.400 rpm e 32,4 kgfm de torque a 5.300 rpm.

Em breve

A bem-sucedida parceria da Caoa com a Chery continua rendendo novidades para o mercado brasileiro e em setembro a empresa irá oferecer no país o Tiggo 8. O SUV será o primeiro modelo de sete lugares da marca no Brasil.

O primeiro SUV da Caoa Chery com espaço para sete pessoas está programado para setembro (Foto: Reprodução)

A Mercedes-Benz vai ter outro produto na categoria, o GLB. A expectativa é que o veículo chegue ao mercado brasileiro no último trimestre.

A Mercedes-Benz confirmou que o GLB chegará até o final do ano ao Brasil (Foto: Daimler)

Quem também vai oferecer, em breve, um sete lugares é a Jeep. A produção está confirmada para Goiana, Pernambuco, e a estreia será no segundo semestre do ano que vem. As duas motorizações serão turbo: o 2 litros diesel que já equipa o Compass e o inédito 1.3 litro flex.

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