Veja os modelos que fugiram à regra do mercado e se aposentaram com menos de 2 anos de vendas nas concessionárias

O planejamento para o lançamento de um automóvel é um processo que leva tempo e compreende diferentes fases, como planejamento, desenvolvimento, testes, homologação, produção/importação e treinamento da rede de concessionárias, entre várias outras. Ainda que o ciclo de vida médio de uma geração de veículo atualmente seja entre 6 e 8 anos, alguns carros acabam tendo prazo de validade inferior a este período. 

Erros de estratégia, razões macroambientais, defasagem do produto ou mudanças no comportamento do consumidor e do mercado são questões que podem afetar a vida útil de um modelo nas concessionárias. Nesta lista, elencamos cinco automóveis que tiveram vida curta no Brasil, com ciclos inferiores a 2 anos de vendas. Confira:

1. Honda Accord Hybrid (2021-2022)

Desde o Salão do Automóvel de 2018 a Honda prometia o lançamento de um modelo híbrido no Brasil. Após 3 anos de espera, em agosto de 2021, a marca finalmente lançou o Accord Hybrid no Brasil. Com um sofisticado sistema híbrido de três motores (um a combustão e dois elétricos), o sedã grande era capaz de alcançar o ótimo consumo de 17,6 km/l na cidade. Porém, em fevereiro de 2022, Accord Hybrid repentinamente sumiu das lojas e do site oficial do fabricante. Ainda que a Honda afirme que a interrupção das vendas do modelo é temporária, o Accord híbrido deverá retornar ao Brasil somente em uma futura nova geração.

2. Volkswagen Golf GTE (2019-2020)

Depois de muitos ensaios e promessas, a Volkswagen lançou, no fim de 2019, o seu primeiro híbrido plug-in no Brasil. O modelo escolhido foi o Golf GTE de 7ª geração, versão que combinava o motor 1.4 TSI de 150 cv a outro elétrico para alcançar 204 cv de potência e 35,7 kgfm de torque combinados. Apesar de entregar desempenho próximo ao do icônico GTI com consumo comedido, o GTE estreou no Brasil de forma tardia, quando a 8ª geração do Golf já havia sido apresentada na Europa. Com apenas 100 unidades importadas, o Golf GTE saiu de linha no fim de 2020, quando as últimas unidades acabaram integrando uma frota de locadora de veículos.

3. Kia Rio (2020-2021)

Após promessa de importação por quase duas décadas, o Kia Rio finalmente desembarcou em terras brasileiras em janeiro de 2020, na quarta e atual geração. Construído na plataforma GB, a mesma do europeu Hyundai i20, o Rio estreou em 2 versões (LX e EX), ambas ano/modelo 2020. O modelo trazia mecânica do Hyundai HB20, com motor 1.6 16V de até 130 cv e câmbio automático de seis marchas. Apenas quatro meses após o lançamento, o compacto ganhou novidades no ano/modelo 2021, com a adição de rodas de 17 polegadas e freios a disco na traseira na versão EX. Sem novos lotes importados devido à alta do dólar durante a pandemia de Covid-19, o Kia Rio teve vida curta e saiu de linha em novembro de 2021, ao mesmo tempo em que estreava por aqui o híbrido-leve Stonic.

4. Hyundai HB20X 2ª geração (2019-2022)

A segunda geração do HB20 foi lançada no último trimestre de 2019 nas tradicionais carrocerias hatch (HB20), sedã (HB20S) e aventureira (HB20X). Porém, ao contrário dos modelos tradicionais, o HB20X nunca chegou a ter opção de motorização 1.0 turbo de 120 cv. Mesmo mais moderno, com itens como frenagem autônoma de emergência e alerta de mudança involuntária de faixa, a nova geração do HB20X não fez frente aos rivais Fiat Argo Trekking e Renault Stepway no ranking de vendas. Com pouco mais de 2 anos de mercado, o modelo saiu definitivamente de linha em janeiro de 2022, deixando espaço nas concessionárias para o Creta de antiga geração.

5. Nissan Altima (2013-2015)

Modelo de sucesso nos Estados Unidos, o Nissan Altima foi uma aposta da fabricante para marcar território no então aquecido segmento de sedãs grandes, que tinha nomes como Ford Fusion, Volkswagen Passat, Honda Accord, Peugeot 508, Kia Optima e Hyundai Sonata – todos, atualmente, fora de linha por aqui. Lançado em novembro de 2013 por R$ 99.800, o sedã de 4.865 mm de comprimento trazia motor 2.5 aspirado de 183 cv e câmbio automático do tipo CVT. Apesar do bom pacote de itens de série e do preço competitivo, o Altima não alcançou bom índice de vendas e saiu de linha em 2015, após 2 anos de mercado e 1.145 unidades emplacadas no período.

Fotos: Arquivo/Revista CARRO

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