É possível diminuir velocidade ou fazer paradas usando menos o freio mecânico e mais o freio elétrico, aumentando a vida das pastilhas e retornando a energia para as baterias.

RAFAEL FURQUIM

Todo frotista ou dono de um veículo particular espera obter não só uma boa performance, mas também o menor consumo possível, visando reduzir seus custos.

Assim como nos veículos movidos a combustíveis fósseis, cada veículo elétrico tem sua peculiaridade e variáveis dependentes de características técnicas do produto. Podemos citar como exemplo uma curva de torque plana ou uma curva em torque de pico do motor, que mudam o jeito de se dirigir com o intuito de se obter um menor consumo de combustível. Assim, temos também que nos adaptar ao método de condução de veículos elétricos.

Algumas das peculiaridades destes modos de condução, que não são de conhecimento de um usuário de veículo a combustão, podem auxiliar o motorista a ter melhor entendimento sobre o veículo elétrico e assim também aproveitar o máximo que a tecnologia pode proporcionar.

Todos os veículos elétricos da BYD, sendo eles comerciais ou não, possuem um sistema de regeneração de energia que funciona da seguinte maneira: com o veículo em movimento, toda a vez que o motorista não esteja usando o pedal do acelerador, o veículo se torna um gerador de energia, recarregando suas próprias baterias. Isso funciona semelhante ao carro a combustível fóssil, onde existe o torque de frenagem, também conhecido como freio motor, porém no veículo elétrico essa energia de frenagem é transformada em energia elétrica. Portanto, sabendo deste primeiro ponto, o condutor pode otimizar o uso das descidas, paradas ou diminuições de velocidade no dia a dia para trazer parte da energia usada de volta para as baterias. Seria como mini abastecimentos de energia ao longo do trajeto.

Baseado também na regeneração de energia, outro ponto a ser bem explorado, é o uso do pedal de freio. Como nossos produtos possuem um sistema de assistência a frenagem inteligente (controle de freios mecânico e elétrico) que faz um balanceamento entre forças de frenagens mecânicas e das resultantes de regeneração de energia, conforme o pedal de freio vai sendo pressionado, existe em conjunto o aumento de torque de regeneração (mais energia volta para bateria conforme o pedal vai sendo pressionado). Com isso, é possível diminuir velocidade ou fazer paradas do veículo usando menos o freio mecânico e mais o freio elétrico, aumentando a vida das pastilhas de freio e retornando a energia para as baterias.

Assim, vimos que explorar esses e outros pontos trazem não só o benefício de aumentar a autonomia que o veículo tem com as recargas, mas também um custo mais baixo de manutenção ao longo do tempo nos sistemas de freios.

Rafael Furquim – Gerente de Engenharia da BYD

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